Só é bom se for bom pra você!!!

Você por acaso já ouviu essa frase? Com certeza sim, numa das inúmeras vezes que uma propaganda de banco é veiculada nos diferentes canais de televisão. Pode ser na Globo, na Band, SBT, Record ou outra qualquer rede. É só ligar a televisão e logo você vai ver o garoto propaganda falando dos excelentes serviços prestados pelo banco. Parece tudo maravilhoso. Ainda temos o fato de ser um banco que nos dá a impressão de ser nosso. Quanta tolice!!! A frase está errada e vou dizer porque.

Nesta semana fiz uma compra pela internet de uma passagem rodoviária. Depois de informar o número do cartão de crédito, mas antes de finalizar o processo, li na tela a mensagem, Erro!, e o site voltava para a página principal. Fiz o processo mais uma vez e a mesma coisa. As duas vezes escolhi a poltrona 3. Desisti de comprar por uma e optei por outra companhia. Tudo certo!

Para minha surpresa olho no meu celular e tenho três mensagens de compra pela internet. Duas da primeira e outra da companhia pela qual realmente vou viajar. A mensagem do celular enviada pelo banco diz para que eu ligue caso não reconheçamos a compra. Bom, já passavam das 22h e não havia para onde ligar. Na manhã seguinte liguei para minha agência para falar sobre o ocorrido. Eles informaram que não poderiam fazer nada, porque se tratava de uma questão com o cartão de crédito. Eu deveria ligar para a central de atendimento. Tive um calafrio na hora. Certamente seria um daqueles números que ninguém jamais atende.

Mas eu estava enganado… Disquei e logo fui atendido! Logicamente que não por uma pessoa, mas pelo atendimento eletrônico. Começa a ladainha de escolher a opção, o número da agência, o número da conta e a senha. Depois passam a informar o saldo, o saldo com o limite, o crédito pré-aprovado e por aí vai. Após mais umas tantas quantas ofertas de serviços chega-se a opção do cartão de crédito. Digita-se o número 9. Ouve-se uma mensagem, Por questões de segurança a nossa conversa será gravada! e tem-se a sensação de que alguém vai falar. Não, ninguém fala nada. Começa aquele barulho inconfundível tu tu tu tu tu… E cai a ligação.

Começa tudo de novo. Seu saldo… Seu crédito… Seu limite… Opção 1, 2, 3, 4, … 9. Passa-se por todo o processo. Chega-se até a mensagem sobre segurança e… e… tu tu tu tu… Sim, você mesmo seu paspalho, parece ser a mensagem. Ninguém merece! P.Q.P.!!! Mas eu sou brasileiro, não desisto nunca. E o banco é meu também.

Na terceira vez a ligação finalmente é transferida para uma central. A esperança de ser atendido renasce. Ajeito-me na cadeira. Preparo a garganta para falar e ouço a mensagem, No momento todos os terminais estão em atendimento. O tempo de espera é superior a 10min, por favor ligue mais tarde ou aguarde na linha… Depois começa a repetição da mensagem, Ser o maior banco da América… blá, blá, blá,e continua, só é bom se for bom pra você! A tensão arterial na estratosfera… Mais alguns minutos e a mensagem, Seu tempo de espera é de 10 minutos, por favor ligue mais tarde ou aguarde na linha. E volta a musiquinha de ser bom para você.

Quem seria louco para desligar nesse momento, depois de passar mais de trinta minutos tentando chegar até uma pessoa para falar? Eu vou aguardar, pensei comigo. E continuei ouvindo que deve ser bom para mim. E o tempo passa. Os dez minutos se convertem em 20 minutos. Quando estava 32 minutos na linha, depois da mensagem de que a nossa conversar seria gravada, alguém me atendeu. Quanta alegria!!! Aí começa a conferência de dados de segurança. Enfim eles acreditam que eu sou eu. Exponho o problema e a atendente, educadamente, diz, Eu não tenho competência para resolver o seu problema, ele deve ser resolvido na agência.

Tá vendo? A frase deveria ser, Bem feito pra você, Seu…

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