No final de 2013 recebi um e-mail marcante. Nele, uma pessoa relatou que estava prestes a desistir da própria vida por causa de uma grande frustração amorosa. Disse-me que depois de muitos anos de convívio havia entendido que aquela não era a pessoa ideal para ela. Porém, passados alguns meses do rompimento por ela provocado entendeu que sim, aquela era a pessoa da sua vida. Ao tentar retomar o relacionamento a outra pessoa já não mais a queria. Fez uma tentativa. Fez duas. Fez três. A resposta era sempre a mesma: não. A pessoa começou a entrar em desespero, porque havia perdido quem mais amava e não havia sabido reconhecer no tempo certo. Não queria desistir da outra pessoa, mas passou a querer desistir de viver. Pensava em suicídio.
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Depois de muito cogitar resolveu que aquele seria o dia. E assim, saiu para cumprir com o seu intento. Antes, passou na casa de uma amiga, apenas com o intuito de se despedir, mas sem revelar a sua verdadeira intenção ou o seu destino final. Na conversa surgiu o livro Olhe mais uma vez! Em cada situação novas oportunidades que a amiga sugeriu para leitura. A pessoa aceitou o empréstimo por educação, afinal nada faria com que ela mudasse de ideia. No caminho para o seu calvário a pessoa leu, aleatoriamente, uma passagem. Na leitura dessa passagem entendeu uma mensagem e ocorreu uma mudança. Sim, ela não desistiria da vida. Ela desistiria da outra pessoa…
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Depois de muito cogitar resolveu que aquele seria o dia. E assim, saiu para cumprir com o seu intento. Antes, passou na casa de uma amiga, apenas com o intuito de se despedir, mas sem revelar a sua verdadeira intenção ou o seu destino final. Na conversa surgiu o livro Olhe mais uma vez! Em cada situação novas oportunidades que a amiga sugeriu para leitura. A pessoa aceitou o empréstimo por educação, afinal nada faria com que ela mudasse de ideia. No caminho para o seu calvário a pessoa leu, aleatoriamente, uma passagem. Na leitura dessa passagem entendeu uma mensagem e ocorreu uma mudança. Sim, ela não desistiria da vida. Ela desistiria da outra pessoa…
Depois de passar a tarde sentada frente ao penhasco de onde resolvera se precipitar para acabar com o seu tormento, a pessoa voltou para casa, ainda triste, entretanto convicta. Nada mais a faria desistir da vida. Ela desistiria dos projetos que não deram certo. O relacionamento que ela interrompera era um projeto que já não chegaria a um bom termo, pois se esgotara. Assim, desistir dele era algo inteligente. Principalmente porque a pessoa em questão entendeu que ela não queria a outra pessoa pelo que ela era, mas ela a queria como a imaginara. Desse modo, não se tratava de desistir de uma pessoa, tratava-se de lhe dar o direito à escolha e de desenvolver o seu próprio projeto com outras pessoas. Feliz daqueles que conseguem se manter conectados em projetos com objetivos comuns e num nível de interdependência pessoal que os permita fazer parte de algo importante. Não digo de grandioso, mas de relevante para os envolvidos.
Por isso, 2014 será um ano para desistir de hábitos e costumes perniciosos para quem os têm, assim como para aqueles que estão a sua volta. Entende-se que desistir significa renovar, pois como podemos mudar sem abandonar velhas práticas? Também será um ano para desistir de projetos mal elaborados. Será um ano para desistir de planos sem foco. Será um ano para desistir do egoísmo de acreditar que tudo gira em torno do próprio umbigo. Sim, escrevo o que escrevo porque também tenho uma lista de coisas para desistir em 2014. Portanto, se as pessoas aprenderem a desistir de projetos sem futuro, também as organizações o farão. E são elas que, muitas vezes, continuam a investir fortunas em projetos fadados ao fracasso, simplesmente por um egocentrismo das pessoas que os elaboraram.
Não há nada de mal em desistir, porque desistir também pode ser um ato de sabedoria.
Esquecer é uma necessidade. A vida é uma lousa, em que o destino, para escrever um novo caso, precisa apagar o caso escrito. (Machado de Assis)