Depois da vários relacionamentos frustrados por um ou outro motivo, finalmente ela achava que havia encontrado a pessoa com quem gostaria de dividir o restante dos seus dias. Ela o amava como nunca antes havia amado alguém. Mesmo assim, ela sentia que algo não estava fluindo do modo como deveria. Por isso, procurou a ajuda de um terapeuta de casal para poder expor a situação e pedir um aconselhamento. Depois de comentar o quanto amava o seu noivo, ela continuou:
– Não sei o que acontece. Sou simpática e atenciosa com todos os meus amigos, com as pessoas da minha família e também com os colegas de trabalho.Consigo fazer novas amizades com facilidade. Agora eu não entendo porque com o meu noivo eu sempre sou assim tão birrenta e caprichosa. Se ele é a pessoa que eu mais amo, por que é que eu tenho sido assim tão ranzinza, rabugenta e tão chata com ele?
A pergunta ficou no ar. O terapeuta observava-a em silêncio. Por fim, ele perguntou:
– Você se sente à vontade com ele?
– Sim, completamente… rapidamente respondeu ela.
O terapeuta continuou:
– Você é realmente autêntica com ele?
– É, sou sim… Respondeu e ficou pensativa.
Eu também fiquei a pensar naquilo que a autenticidade dela revelava, Ela era uma chata…
Por que tantas vezes somos tão chatos com aqueles que mais amamos? É isso que a nossa autenticidade revela?
O registro foi de uma mulher para com um homem, mas poderia ser exatamente o contrário.