… não tem preço!
A última semana não foi das mais fáceis. Reapareceu uma questão pessoal ainda não bem resolvida e teve o dia de Finados, sempre nostálgico pelas lembranças das pessoas queridas que já partiram. Cada um com os seus problemas. No meio disso tudo tive a sexta-feira (01-11-19) em que fui tomar café com o Paulinho Scarduelli, um ser iluminado que deixa os dias mais leves e arranca sorrisos até quando se está carrancudo.
Lembrei de uma música antiga:
“… só um sorriso pode mais que um grito pode mais que tudo se você está triste, vive carrancudo, basta um sorriso e será feliz!” (Roberto Barreiro)
E ainda sou brindado com um texto do Paulinho como parte de sua trajetória rumo aos seus 55 anos.
O Paulinho Scarduelli faz aniversário e é ele que distribui os presentes!
Contagem regressiva pros 55 anos – 8/30 (SUPERAÇÃO)
Exemplos de superação sempre me atraíram. Adoro saber como pessoas iguais a mim enfrentaram um problema extremamente difícil e conseguiram superar. Sempre que posso, paro para ouvir e perguntar. E aprender. Com eles.
É o caso do grande amigo Moacir Rauber.
Sonhava em ser jogador de futebol e jogar pela Seleção Brasileira. E tinha chance. Morava no interior do Paraná nos anos 80 e foi “descoberto” por um grande clube de futebol de Porto Alegre. Era um goleador nato e iria atrás do sonho. Na véspera da viagem para Porto Alegre, decidiu comemorar com os amigos na sua terra natal. Bebeu um pouco além da conta, errou na curva, bateu o carro e ficou paraplégico.
Azar?
Acidente?
Nada disso. O jovem Moacir admite, foi “ladrão de si mesmo” e fez com que a estrada da vida desse uma guinada.
Cirurgia, sessões de fisioterapia, mais cirurgia. E Moacir teve que aprender a viver novamente, e com novos sonhos.
Mergulhou nos estudos e acabou vindo morar em Floripa. Aqui estudou mais ainda, fez faculdade, mestrado e doutorado.
Como morava no Continente e trabalhava na Ilha, tinha que enfrentar todo dia a fila de automóveis em cima da Ponte Pedro Ivo. Lá de cima, ele mirava uns remadores alheios ao trânsito, indo pra lá e pra cá na Baía Sul. Até que veio o insight que mudou sua vida para sempre: “vou acordar mais cedo, vir mais cedo pra ilha, fugir da fila e fazer remo também”.
Apaixonado por esportes, Moacir logo começou a remar.
E remou.
Remou.
Remou tanto que passou a competir.
Dos excelentes resultados nas competições, foi “descoberto” de novo. Só que desta vez pela Seleção Brasileira de Remo. E foi assim que ele concretizou o sonho antigo, vestiu o uniforme verde amarelo e representou o Brasil.
Moacir é uma aula de superação.
Circula pra lá e pra cá pelo Brasil e no exterior dando palestra e trabalhando como coach.
Fui seu aluno e aprendi muito com ele.
Viramos amigos e hoje tenho o privilégio de poder tomar café uma vez por mês com ele, no final de expediente de uma sexta-feira. Como hoje.
Dia para aprender mais sobre a vida e buscar sempre a superação.
https://www.facebook.com/paulo.scarduelli