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(Re) Criar a Humanização: Ser Humano” ainda é “humano”?

Humano é tudo que é relativo ao homem, com a característica de bondoso, afetuoso, sensível, compassivo, terno e sentimental, que nos leva a pensar em ações que visam ao bem-estar da humanidade. Humano também pode ser traduzido como amor aos semelhantes por meio da busca da eliminação das injustiças a fim de alcançar a felicidade humana (Dicionário Aurélio). Normalmente, em oposição ao que é humano encontramos a palavra animal, que nos remete a ideia de “qualquer animal que não o homem; ser irracional”. Em seu sentido figurado animal expressa uma “pessoa desumana, bárbara, cruel”, ou “pessoa muito ignorante, estúpida”. São estas algumas das definições encontradas nos dicionários para o sentido normalmente dado a estas palavras em seu uso cotidiano. Daí se pergunta: tudo que for “humano” pode ser considerado bom e tudo que for “animal” deve ser considerado como mau?

O questionamento não é quanto à correção semântica das palavras, mas para o seu verdadeiro sentido como resultado das ações realizadas e comparadas derivadas dos humanos e dos animais. Há relação dos conceitos com a realidade? Tomando-se como exemplo as ações humanas atuais, que são conscientes e racionais, comparando-as com as ações dos animais, que são instintivas e irracionais, percebe-se que as ações humanas têm pouco de humano. As ações humanas continuam a provocar guerra e morte de milhões de pessoas, bem como a extinção de outras espécies. As ações mais comuns a nossa espécie são a competição, na busca incessante pelo melhor posto de trabalho; a concorrência, para desenvolver o produto que venda mais; o consumo para ostentar a melhor posição social; os roubos, a corrupção e os assassinatos para conseguir tudo aquilo que a sociedade julga importante ter. Desse modo, as ações humanas atingem a “bestialidade”, referindo-se ao demônio e não ofendendo o animal “besta”, o que têm gerado ansiedade e atormentado pessoas ao sobrepujar valores morais e éticos, instintivos. Resultado de uma sociedade aflita e mortificada em que o sentimento de culpa pelo fracasso de não obter tudo que é tido como necessário para ser um sucesso pode levar a matar ou a se suicidar. Isso é de uma crueldade animal. Não, isso é de uma crueldade “humana”!

Por outro lado, nas ações dos animais também existe competição, mas tão somente para manter-se vivo; também existe a morte, mas somente para garantir o direito à vida; também existe o consumo, mas sem a necessidade de acúmulo de riqueza; também existe o gozo e o prazer, mas tão somente para a continuidade da espécie. Nas ações animais não existem assassinatos, estupros ou guerras, justas ou injustas. Nas ações animais não existem sequestros, torturas ou a ansiedade que corrói a alma. Nas ações animais existem apenas ações que preservam a vida baseadas na transparência do comportamento ético dos instintos de cada espécie.

Por isso, como podemos nós, “humanos”, dizer que “humano” é bom e que “animal” é cruel, quando nossas ações nos desmentem? Como podemos nós nos classificarmos de racionais e as demais espécies de irracionais, quando nós, “humanos”, estamos racionalmente destruindo-nos e as demais espécies? Entendo que quase podemos inverter o sentido de cada uma das palavras, passando “humano” a ser considerado cruel e bárbaro, enquanto “animal” se refira, não exatamente a bondoso, mas pelo menos a leal e ético. O que fazer? Acredito que ao invés de sobre valorizar a competição, valorizemos a colaboração; ao invés de sobre valorizar a disputa, valorizemos a cooperação; ao invés de sobre valorizar o ter, valorizemos o ser; porque ainda é possível e bom ser “humano”!

Portanto, cabe a nós, representantes da espécie humana, ressignificar o valor semântico da palavra “humano” por meio da (Re) Criação da Humanização na Era Digital ao “animalizar” um pouco os padrões de comportamento humano para fazer valer o significado de “Ser Humano” encontrado nos dicionários.

Moacir Rauber

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O que você pensa de quem pensa diferente de você?

O que você pensa de quem pensa diferente de você?

Outro dia ouvi um executivo dizendo uma frase, aparentemente, sem sentido. Entretanto, olhá-la com mais atenção me fez entender que ela pode representar um pouco daquilo que predomina na forma como nós pensamos.

Ele disse:

– É muito bom encontrar pessoas que pensem diferente de mim…

Fez silêncio para depois concluir:

– Desde que concordem comigo!

Deu uma gargalhada e saiu. Parece refletir a fala e o comportamento de um sujeito meio arrogante, não parece? Porém, se olharmos mais de perto essa abordagem permeia o pensamento e o comportamento de muita gente. Vive-se um momento histórico na sociedade ocidental de grande incentivo a que as pessoas pensem diferente umas das outras. Afinal, todos somos diferentes e o pensar diferente enriquece os ambientes. Considere-se que cada um de nós é diferente e por isso tem modelos mentais diferentes o que nos levaria a naturalmente pensar diferente. Entretanto, entendo que ser diferente é uma regra e que pensar diferente é uma escolha.

Observe que que as pessoas tendem a se agrupar em torno de pensamentos que mais ou menos se alinham com os próprios pensamentos e com as próprias posições frente aos diferentes fatos da vida. As pessoas tendem a se aproximar de pessoas que têm os mesmos ideais políticos, econômicos, sociais entre outras tantas taxonomias a qual nos sujeitamos como pessoas gregárias. Tudo bem com isso, mas e onde está o diferente? Desse modo, torna-se um desafio verdadeiramente gigantesco pensar, aceitar e respeitar que os outros pensem diferente daquilo que se pensa sobre temas complexos e polêmicos.

Querem ver?

O QUE VOCÊ PENSA DE QUEM DIFERENTE DE VOCÊ COM RELAÇÃO:

  • ao aborto?
  • À pena de morte?
  • Ao porte de armas?
  • À maioridade penal?
  • À liberação do uso de drogas?
  • A consumir ou não carne?
  • A ser ou não vegetariano?
  • A gostar ou não de ter animais de estimação?
  • À educação progressista, conservadora ou nenhuma delas?
  • A ser de direita ou de esquerda?
  • Ao casamento entre pessoas do mesmo sexo?

Quantos amigos você tem que realmente pensam diferente de você sobre a maioria dos temas acima?

Acredito que seja no consenso dos pensamentos diferentes que se encontre o caminho da evolução humana. Porém, tenho cá com os meus botões que a grande maioria das pessoas adora aqueles que pensam diferente dela, desde que concordem com ela. A brincadeira do executivo pode ser verdadeira.

Concorda comigo?

Workshop de Autoconhecimento

(Re)Encontro com o AFETO:

O despertar da unidade!

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