Quatro passos para controlar o inimigo…
Acredito que todos nós temos os nossos ladrões interiores e eles nos acompanham todos os dias nos mais variados momentos das nossas vidas. Identificá-los e prendê-los é um desafio diário e para toda a vida. Se nós não os identificarmos eles alteram o sentido da realidade e nós nos roubamos. Às vezes, um momento que poderia ser de alegria, o ladrão interior o substitui pela tristeza. É um roubo. Outras vezes, o ladrão interior converte um período de progresso em retrocesso. Outro roubo. Da mesma forma, o ladrão de si mesmo modifica momentos de conquistas em derrotas; transforma as oportunidades em lamúrias; perturba as amizades criando inimizades; acaba com os amores originando ódios; corrompe a produtividade por meio da preguiça; enfim, o ladrão interior é um autossabotador que transforma sonhos em pesadelos. São roubos. Assim, além de identificar é preciso prender o ladrão de si mesmo. Por isso a pergunta: o que fazer para prender o ladrão de si mesmo?
Em primeiro lugar, para prender o Ladrão de Si Mesmo é necessário:
(1) identificar o ladrão e os roubos. Olhe para dentro de si mesmo e encontre os momentos de sua vida que poderiam ter sido felizes e não foram. Esse reconhecimento é essencial, porque sem a tomada de consciência de que nos roubamos não há roubo. E, talvez, o maior roubo seja o não reconhecimento do roubo, momento em que transferimos para os outros a responsabilidade pela nossa infelicidade.
Em seguida, deve-se (2) encontrar um padrão de comportamento nos roubos, as autossabotagens. Um ladrão atua da mesma forma, porque ele segue uma receita de sucesso. O ladrão de si mesmo sabe exatamente o que fazer para derrubar você. E esse “LADRÃO” também é VOCÊ! Avalie e analise: o que há em comum nas situações em que você se autossabota? O que se repete no momento em que você se impede de alcançar um objetivo? Qual é o momento em que um sonho se transforma em pesadelo? Olhe para cada uma das situações e você vai encontrar um padrão.
Na sequência procure (3) entender a razão do padrão dos roubos. Esse é o momento que cabe a cada um analisar o que o levou a se autossabotar. Muitas vezes são as nossas crenças que nos limitam. Lá no fundo tem uma voz que diz, “Eu não mereço…” ou “Isso não é para mim…”. São crenças limitantes que nos impedem de prender os nossos ladrões (link: quais são as suas crenças?). Para além dessas crenças, pergunte-se: o que eu quero de verdade?
Uma vez tomada a consciência, reconhecidos os roubos e entendidas as razões, cabe a você (4) modificar o padrão das decisões. Para esse fim, as decisões devem ser tomadas a partir da pergunta: o que você realmente quer? Frente a situações de estresse, pressão, conquista, alegria, medo, insegurança ou outra qualquer, é importante que você pare, respire e reflita sobre o que é real ou não. Pense sobre aquilo que você quer para depois agir em conformidade com o seu desejo, modificando o padrão de comportamento impedindo os roubos e as autossabotagens. Difícil? Sim. Possível? Também. Precisa-se de disciplina para exercer a liberdade da escolha consciente daquilo que se quer. Modifique as suas crenças. Lembre-se que se você quer, você pode, você consegue (link: quais são as suas crenças?).
Enfim, o ser humano tem as emoções básicas, como a alegria, a tristeza, a surpresa, o nojo, a raiva e o medo que se manifesta nas diferentes situações dependendo da percepção individual. A diferença está em como cada um vai refletir e agir depois dessa percepção inicial, que pode ser real ou não. Por isso, a importância de tomar consciência do que se quer, avaliar o que está acontecendo para saber se é o momento de fugir, de lutar, de cuidar, de zelar ou mesmo de paralisar. Só assim para prendermos os nossos ladrões interiores evitando as autossabotagens no caminho de sermos e fazermos tudo aquilo que podemos ser e fazer.
Onde está o inimigo? Ele não está lá fora, ele está dentro de cada um, está dentro de mim. Confesso que é uma luta diária e constante para manter sob controle o ladrão que habita em mim.
Hoje consegui prender o meu ladrão!
Moacir Rauber
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