Qual é a meta?
No início de 2024 renovei meus sonhos, estabeleci objetivos e defini metas para o dia a dia. Agora terminamos o mês de abril me pergunto: como estão as minhas metas? Uma delas, a prática de exercício físico, foi definida em remar 3660 minutos no ano. São apenas dez minutos por dia, nada tão complicado, pensei. A primeira semana foi tranquila e fiz alguns minutos a mais da meta. A segunda semana optei por não praticar em alguns dias e fiquei devendo minutos. Na terceira semana o desafio de manter a rotina de treinos começava a me incomodar. Durante uma sessão de trinta minutos que havia programado para recuperar a média diária, a luta mental para cumprir a meta apareceu. A mente que, muitas vezes, nos mente, dizia, Para que essa atividade, você tem mais o que fazer. Recém havia feito dezoito minutos dos trinta programados. Mentalmente buscava contra-argumentar dizendo, Faz bem pra saúde, foi você quem escolheu. Na sequência a mente reforçava a ideia de abandonar, Isso não vale a pena. E, naquele dia, a mente que mente venceu. Parei. E você, como está com as suas metas?
Não há como realizar sonhos ou viver um propósito sem cumprir metas, quantificações específicas de uma atividade que nos leva na direção escolhida. Entretanto, cumprir as metas traçadas não é garantia de alcançar os objetivos, porém não as cumprir é a certeza de que não se chegará ao destino. O objetivo de me manter bem fisicamente passa pelas estratégias e o cumprimento das metas. A prática de exercícios físicos regulares, aliada à alimentação equilibrada eram as minhas estratégias principais. A meta do ano de remar um determinado tempo foi livremente estipulado por mim num acordo pessoal comigo mesmo. E as metas, segundo o modelo SMART, devem ser Específicas, Mensuráveis, Alcançáveis, Realistas e num Tempo determinado. A minha meta preenchia os requisitos. Porém, no contato diário com a atividade as metas passam por fases distintas. Primeiro vem a empolgação de assumir um compromisso consigo mesmo e a convicção de querer cumpri-lo. Pude constatar a presença da empolgação na primeira semana. Na sequência vem a constatação de que a realidade é diferente do planejado e cumprir com o estipulado talvez não seja tão simples assim. A terceira semana da prática pensada para um ano me mostrou isso. A fase seguinte é a percepção de que é necessário adaptar-se sem perder o foco ao dominar a própria mente ao escolher os pensamentos que irei alimentar. O próximo passo são os conflitos internos sobre o que se está fazendo, em que é essencial validar a meta na relação com o objetivo, com a missão ou com os sonhos. Avançamos para a fase em que o reforço mental é determinante. O que você diz para a mente? Ao dominar essa fase nos aproximamos da meta a que nos propomos e o objetivo está visível. Aqui o desafio é não perecer pela arrogância de acreditar que nada me impedirá de cumprir com o determinado. Por fim, ao alcançar uma meta definida é fundamental comemorar para, em seguida, refazer o planejamento e recomeçar o processo para seguir rumo ao destino. Esse processo acontece dentro das metas de curto, médio e longo prazos, assim como com relação aos objetivos e sonhos. Aplica-se na esfera pessoal e organizacional. É a luta interna que vai definir a própria situação de satisfação e o sentido de realização. Cumprir as metas nos traz felicidade!
Voltando à meta de 3660 minutos de remo para o ano, naquele dia eu perdi para a minha mente e desisti. Porém, desistir qualquer um pode, contudo, cumprir com as escolhas feitas é o exercício da liberdade. No dia seguinte voltei e fiz quarenta minutos. No final de abril, ao haver decorrido 121 dias, contabilizei 1340 minutos. A meta está sendo cumprida, porém a luta continua porque o processo se repete na atividade diária, assim como na meta principal do ano e da vida.
Como estão as suas metas?
Moacir Rauber
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