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QUAL É O SEU RITMO?

Mais e mais vejo pessoas querendo diminuir o ritmo de vida nas questões ligadas ao trabalho. Ouço-as dizerem com convicção, Quero dedicar um tempo para mim, melhorar minha qualidade de vida… entre outras justas justificativas. Realmente acredito que as pessoas queiram reencontrar-se, saber quem são, entender o que fazem, como o fazem e para que o fazem. Muitas pessoas simplesmente fazem sem saber para que o fazem. São tantas as atividades, as obrigações sociais e profissionais que terminam por perder a identidade e o ritmo. Finalmente começam a sentir a necessidade de dar um sentido ao que fazem e a própria vida.

PERGUNTE-SE:

Qual é o seu ritmo?

O que fazer?

Por onde começar?

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Faxina mental e emocional

Todo final de ano uso a última semana para separar documentos, notas fiscais, pagamentos e recebimentos. Existem aqueles que precisamos guardar e aqueles que são dispensáveis. Existem aqueles para os quais olhamos que nos trazem bons sentimentos e outros nem tanto. Para mim é o momento de limpar as gavetas para organizar as contas, fazer e refazer planos e projetos para o ano que se inicia. Também é o momento de limpar as gavetas mentais para saber o que continuaremos a carregar conosco. Para isso é preciso olhar para trás e olhar para dentro para também poder olhar para frente. Olhei para trás e relembrei de perdas de pessoas queridas, de sofrimentos e de decepções. Ao olhar para dentro e vi que foi um ano de crescimento e de aprendizado.

Desse modo, a faxina mental e emocional consiste em olhar para trás e para dentro para limpar as gavetas de memória. Jogue fora as mágoas e os ressentimentos, porque manter essas emoções é como tomar veneno e esperar que o inimigo morra. Conserve tudo o que for positivo para si e para os outros e siga em frente. Entre as emoções a serem mantidas e estimuladas está a confiança em si e nos outros, sem, contudo, ser trouxa.

Para mim, esse final de ano também tem servido para essa faxina. A semana quase parada também me permitiu esse exercício de silenciar um pouco o meu interior para entender que o outro tem lá a sua perspectiva. Com isso, podem-se identificar fatos e situações vividas que são perfeitamente descartáveis, sem que isso represente nenhum prejuízo para mim ou para os outros. As mágoas e decepções são alguns exemplos. Nessa faxina também se pude reforçar as razões da própria existência e da relevância que se tem na vida dos outros. Elas vão representar o combustível para que continuemos a nossa jornada confiando nas pessoas e em nós. Isso eu também encontrei ao olhar para trás e para dentro de mim mesmo.

Como exemplo, na minha faxina encontrei entre a minha agenda e um livro a carta que recorto abaixo:

Por esse trecho que a Vanessa me dedicou já valeu ter vivido cada dia do último ano. Por essa perspectiva valeu a pena ter olhado para trás e para dentro para ter limpado as gavetas das minhas recordações e ter feito uma faxina, descartando tudo aquilo que não faz nem bem para mim e nem para os outros. Com isso, poderei seguir em frente com o foco naquilo que faço bem e que faz bem para mim e para os outros.

Uma faxina mental é indispensável!!!

O mundo que se vê

Quando se olha para fora todos veem as mesmas coisas. As mesmas paisagens, as mesmas construções, as mesmas flores e os mesmos jardins. Porém, cada um os enxerga de maneira diferente.

Quando se olha para dentro também todos são iguais. Os mesmos órgãos, como pulmões, rins e coração. Porém, cada um sente diferente, traz outros desejos e mantém distintos valores.

Aquilo que você enxerga fora depende do que você sente, traz e mantém dentro.

O mundo que se vê está dentro de você!!!