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Otimista, realista ou algo mais?

Quando confrontados com as circunstâncias mais difíceis da vida, como devemos responder: como otimista, realista ou algo mais? Em uma conversa inesquecível, o explorador Mark Pollock e a advogada de direitos humanos Simone George exploram a tensão entre aceitação e esperança em momentos de tristeza – e compartilham o trabalho inovador que estão realizando para curar a paralisia.

Por que acredito nas pessoas?

O dia havia sido duro. Tivemos aulas pela manhã, tarde e noite. Como de costume fui para a cama por volta das 23h30min e em poucos minutos dormia profundamente. O celular estava na cabeceira da cama e de repente ouvi algo tocar. Não sabia o que era. Estava atordoado pelo sono profundo e pareceu-me ter sido apenas um alerta. Alguns segundos depois um novo alerta. Ainda meio confuso, consegui identificar que se tratava de uma mensagem no celular. Quem seria naquela hora da noite? Deveriam ser umas 3 ou 4h… pensei. Sobressaltado procurei o celular e tateei em busca dos óculos. Estava realmente preocupado, porque eu estava fora da minha cidade e meus pais e irmãos em outro país. Será que aconteceu algo ruim com alguém?, foi o pensamento que me veio a cabeça. Ajeitei os óculos e ainda meio zonzo vi que haviam passado apenas 50 minutos desde que me deitara. Em seguida identifiquei a origem da mensagem, o que me deixou intrigado. Muito estranho, o que será que o Domingos, o taxista, quer uma hora dessas?, perguntava-me. Fiquei aliviado porque coisa ruim não seria, já que o Domingos não conhecia nem parentes nem amigos meus.  Devo ter esquecido algo no táxi hoje… foi o meu pensamento seguinte. Eu estava naquela cidade por volta de um mês e sempre me deslocava com o mesmo taxista de um lado ao outro. Nessas idas e vindas o Domingos e eu já havíamos conversado muito. Durante aquele dia foram duas corridas e altas conversas.

Em seguida abro a mensagem e leio o texto:

– Olá! Vi uma matéria na televisão que dizia que no Reino Unido, um homem paraplégico voltou a andar após um transplante de células do nariz para a medula espinhal…

É realmente uma ótima notícia para um usuário de cadeira de rodas como eu, mas naquela hora da noite certamente eu não faria nenhuma cirurgia para voltar a caminhar… Pensei.

Prosseguiu em outra mensagem:

– Os médicos eram poloneses e trabalharam com a colaboração de cientistas em Londres. Desculpe a hora, mas acabei de ver a notícia no telejornal. Um abraço. Domingos Táxis.

Ri e voltei a dormir.

No dia seguinte fiquei pensando no ocorrido na noite anterior, As pessoas são boas. Elas querem ver os outros bem também!, foi a conclusão a que cheguei. O Domingos disse-me em outra oportunidade que ficara tão feliz com a possibilidade de que eu pudesse voltar a caminhar que não se aguentou e quis informar-me imediatamente. Passou-me também endereços de internet onde eu poderia encontrar mais informações.

As pessoas são boas, por isso acredito nelas!

Créditos da imagem: Rastro Selvagem

Moacir Rauber

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