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COMO ESTÁ O TEU PRESÉPIO?

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COMO ESTÁ O PRESÉPIO DENTRO DE VOCÊ?

Entrar no quarto dos espelhos é uma visita ao “Eu Profundo” que nos prepara para olhar o mundo concreto. Ao estar no quarto dos espelhos somos convidados a reconhecer as forças, as fraquezas, as virtudes e os vícios, sendo confrontados com a superficialidade e a mediocridade, assim como com a possibilidade de desenvolver a profundidade e a sabedoria. No quarto dos espelhos acontece uma visita íntima em que o silêncio exterior permite que se escutem os ruídos interiores. Aquele que se atreve a entrar no quarto dos espelhos do seu “Eu Profundo” tem um encontro consigo mesmo sem véus, despindo-se diante do mistério da vida. Por isso, é uma visita que nos prepara para olhar para fora. O que se vê de dentro para fora? Como o teu mundo interior contribui na interpretação e na ação no mundo exterior? Perguntas que nos levam ao segundo ambiente da nossa casa interior (analogia Pe. Eliomar Ribeiro): o Presépio!

Nos aproximamos do Natal, um bom período para olhar o Presépio a partir de dentro. O que há no seu Presépio? Desse modo, organizar o presépio interior me permite ver, interpretar e agir no mundo.

Quem é o Menino Jesus no teu presépio? Para nós, cristãos, Ele é o Filho de Deus. Para os não cristãos, Ele pode representar a natureza humana com a sua fragilidade expressa num bebê que precisa de cuidado. Igualmente, Jesus representa as possibilidades infinitas, porque de uma manjedoura Ele alcançou o mundo com a sua mensagem de Amor e de Paz. Você até pode ser ateu, mas Isso é Divino!

A Virgem Maria é a mãe do Filho de Deus, representando o milagre da vida expresso na maternidade com sua força, coragem e fé que nos sustenta com o amor. Quem é São José no seu presépio? Ele é o Pai Adotivo do Filho de Deus, visto como um homem honrado, leal e trabalhador. Ele carrega a imagem do trabalhador que ganha o sustento com o suor do próprio rosto.

A manjedoura e a gruta usadas pelos pastores serviram de berço e de abrigo para o Menino Jesus. Aqui está a nossa relação com o ambiente e com as necessidades humanas. Cristãos ou não, temos necessidades básicas comuns. E, quem são o burro, o boi, o galo e as ovelhas no seu Presépio? No burro se encontra a humildade de um animal perseverante; no boi a força pacífica do trabalho; no galo a comunicação que anuncia um novo reino; e nas ovelhas a harmonia que se sacrifica para o bem comum. Enfim, eles são a natureza da qual dependemos.

Por fim, no presépio estão presentes os anjos que nos conectam com o Criador, assim como os pastores que conduzem e acolhem. A estrela de Belém serve de guia para os Reis Magos que nos orientam para a busca constante de conhecimento com sabedoria para que o Menino Jesus nasça no coração.

Enfim, ao transitar dentro da casa do Quarto dos Espelhos para o Presépio posso responder: qual é o sentido da minha vida fora de mim e como me relaciono com o mundo? Para encontrar o sentido da vida é essencial organizar o meu presépio interior ao reconhecer a minha humanidade e divindade representada em Jesus; ver a força, a fé e a coragem de Maria que se manifesta no amor das ações; ter a lealdade e a honradez de José no trabalho e na vida; acolher o cuidado e a proteção oferecidos pela manjedoura, gruta e pastores, além de exibir o desprendimento dos animais no trato com a natureza; expressar a alegria da anunciação dos anjos com o privilégio da vida; e cultivar o discernimento dos Reis Magos que vem da sabedoria construída com o conhecimento individual no respeito para com os outros. Desse modo, observar e organizar o presépio dentro de nós nos descentra de nós mesmos (Pe. Eliomar Ribeiro) e nos conduz a ver o mundo com sentido e a construir nossas relações.

Como está o teu Presépio interior?

Moacir Rauber

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QUEM É VOCÊ AO SAIR DO QUARTO DOS ESPELHOS?

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QUEM É VOCÊ AO SAIR DO QUARTO DOS ESPELHOS?

Havia entrado no quarto dos espelhos, um dos ambientes da casa de quatro ambientes que somos, segundo a analogia do Pe. Eliomar Ribeiro. O quarto dos espelhos representa o Eu Profundo em que tudo que se vê é reflexo de si mesmo, porém não se pode viver ali. Temos que sair de nós mesmos, porque a vida se concretiza na interação com o outro e não na auto centração. Entretanto, o tempo dedicado a genuinamente avaliar-se nos permite sair da superficialidade presente nos estímulos externos e distanciar-nos da mediocridade reinante naqueles que se consideram satisfeitos com a sua vida. Por isso, ao chegar no retiro de silêncio de oito dias, afastei-me dos estímulos externos, mas me confrontei com ruídos internos a partir das perguntas: (1) quais as dimensões de sua vida precisam se expandir? (2) A sua vida necessita de um salto de qualidade? E, (3) na sua vida existe o risco da aventura ou somente o medo asfixiante?

A pergunta sobre as dimensões da minha vida que necessitavam ser expandidas me provocava, porque me colocava frente a minha satisfação com os sonhos alcançados. Entretanto, na sala dos espelhos éramos confrontados com a afirmação de que “nada é mais perigoso do que vidas satisfeitas” (Pe. Eliomar Ribeiro). Uma vida satisfeita nos leva ao descuido com o corpo, a indolência, ao medo, a anular a vontade, a endurecer o coração e a não desenvolver a razão. Uma vida satisfeita nos deixa covardes ao nos contentarmos com aquilo que somos e temos. Assim, no quarto dos espelhos fui levado a olhar para frente e para os lados e saber que cada uma das áreas da minha vida poderia ser expandida: quais as possiblidades que tenho? E você? Não importa a idade, porque todos somente temos o presente. Por isso, o que podemos desenvolver? Se não há nada para expandir, qual é o sentido de estar vivo?

Com isso em mente, a pergunta sobre um salto de qualidade começa a ser respondida. Desse modo, no quarto dos espelhos olhei para trás para verificar como estava usando o meu tempo: o que significa o trabalho para mim? O que representa a minha presença? E, qual é o impacto do meu trabalho e da minha presença nos outros? Se o resultado do trabalho e da presença não impactar positivamente aos outros, a pessoa está centrada em si, desintegrando, dividindo e desumanizando as relações, uma vez que nós somente podemos falar em qualidade de vida na presença do outro.

Por fim, ao responder as perguntas posso olhar para cima e saber que sou parte de algo maior e olhar para baixo sem ter medo de estar sobre alguém. Com cuidado comigo e com o outro a vida deixará de ser um medo asfixiante, abrindo-me para a aventura da vida que está presente na busca constante. Em que consiste a tua busca? 

Ao entendemos que somos parte do todo, alinhamos as nossas intenções e as ações passando a ser inspiração. Dessa maneira, a nossa imaginação nos desperta para a criatividade com a originalidade de sermos únicos. Estudar, aprender e desenvolver a razão faz bem ao corpo e ao coração, uma vez que a vontade que nos move permite contemplar, sentir, despertar e encantar-se com a vida.

Já é momento de olhar para fora do quarto dos espelhos para sair do Eu Profundo. A tua busca é superficial ou profunda? A superficialidade se manifesta pela desumanização do humano em relações fugazes. A profundidade se constrói com pessoas que se comprometem com a lealdade. A tua busca é medíocre ou elevada? A mediocridade está presente no tarefismo sem sentido que nos leva a um vazio vital encontrado nos não-lugares sem compromissos. A elevação se dá pelo cuidado do corpo, o desenvolvimento da razão em harmonia com o coração e no controle das vontades, comprometendo-nos conosco e com o outro. Assim, chegamos ao Espírito!Qual é o sentido da tua vida fora do quarto dos espelhos?

Moacir Rauber

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