Muitas vezes, criticamos as pessoas que dão palpites na vida dos outros. Também eu faço coro a essas críticas, principalmente se levarmos em consideração aquilo que é falado sem o consentimento de quem se fala. Nesse caso, para mim, não se trata de palpite ou opinião, mas de pitacos e fofocas, comportamento típico de enxeridos e abelhudos. Entretanto, cabe destacar que muitas pessoas dão o direito aos outros a que eles opinem sobre as suas vidas. Toda vez que ouço alguém dirigindo uma pergunta a outro como, O que você acha? O que você faria? Qual é a sua opinião? está na prática dando o direito a que a pessoa indagada dê o seu palpite. Se ela se refere a questões pessoais ou profissionais pouco importa, porque o que realmente está em jogo é a abertura da sua privacidade para o outro. Ao se fazer este tipo de perguntas a outras pessoas pode-se até obter um bom conselho e uma boa orientação. Porém, dependendo a quem ela é dirigida ela pode ser o ponto de partida para um simples palpite que mais tarde pode se transformar numa fofoca.
Dúvidas profissionais? Procure profissionais para trabalhar com elas… Nada de mal em trocar ideias. Tudo a favor, pois é no compartilhamento que as ideias crescem. Entretanto, não queira transferir para os outros o poder das respostas das suas responsabilidades.
Questionamentos pessoais? Compartilhe com pessoas de estrita confiança, podendo elas ser do círculo de amizades ou profissionais da área… Muito bacana procurar apoio num ombro amigo, porém cuidado para não usá-los simplesmente como um ponto de descarga de emoções ruins.
Assim, quando você for fazer uma pergunta para outra pessoa sobre a sua própria vida, provavelmente, a resposta virá. Quase todos estão dispostos a responder as perguntas dos outros, normalmente usando como base a própria experiência e as próprias expectativas. Porém, lembre-se que essas respostas podem desconsiderar o mais importante: você com a sua experiência e as suas expectativas!
Pratique o autoquestionamento. Pergunte-se e responda com sinceridade!