Quem pode responder? Creio ser um bom começo cada um elaborar e responder para si uma boa pergunta, O que te move?
Outro dia conversava com um amigo, diretor de uma grande empresa. Ele, que não tem nem 30 anos, já demonstrava o cansaço e estresse cada vez mais comuns na vida de jovens executivos. Ao falar de sua posição e da rapidez com que a ela chegou o orgulho era evidente. Falar de resultados também fazia com que os seus olhos brilhassem. Mas por que tamanho cansaço?, perguntei. Qual a razão de tanto estresse?, foi outra pergunta que naturalmente surgiu na conversa. As perguntas não tinham a intenção de causar sofrimento nem dor, mas eu sabia que elas tinham a capacidade de fazer com que ele se questionasse sobre isso. A razão é simples. As perguntas têm a natural função de estimular a que se pense em respostas, sendo um caminho para se encontrar soluções. Porém, o grande desafio é fazê-las ou se autoquestionar corretamente. Caso se parta de uma pergunta mal formulada, acaba-se por resolver um problema errado.

Nessa toada, a nossa conversa prosseguia. Foi quando lhe fiz mais uma pergunta, Mas o que te move? O jovem executivo mexeu-se nervosamente em sua cadeira. Comentou sobre a vida diferente que levam alguns de seus melhores amigos de infância e juventude. Por fim, respondeu se questionando, Será que vale a pena? Será que está valendo a pena?, repetiu. Caramba, disse ele, essa pergunta vou me fazer todos os dias ao levantar… e os seus olhos brilhavam genuinamente felizes. Pensei com os meus botões, Grande pergunta… Chegou cedo a ela!
Tem gente que termina os seus dias sem se perguntar o que realmente os move. Muitas vezes, terminam a vida sem se perguntar, Valeu a pena ter vivido?. Respondê-la dá uma dimensão da importância das perguntas.