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BEM-AVENTURADOS OS ALINHADOS NAS INTENÇÕES E NAS AÇÕES…

O Natal se aproxima e muitas intenções são reveladas. Para mim, é inspiradora a energia que emana desse movimento. A compaixão e a bondade fazem parte do espírito cristão e acredito ser isso que nos leve a um processo evolutivo de nossa condição humana por meio de ações. O Sermão da Montanha nos faz diferentes convites de ação. Quais são as suas ações? Estão elas alinhadas com as intenções?

Nós cristãos, às vezes, não damos a devida atenção ao convite de ação presente no Sermão da Montanha que, para Gandhi, era o texto espiritual mais relevante já escrito. Ele acreditava na verdade amorosa com força e firmeza que se sobrepõe ao domínio pela força usada pelo homem. Uma posição ativa que visa despertar a consciência em si mesmo e nas pessoas com as quais se convive. É o espírito cristão! Destaque-se que o Sermão da Montanha é um convite a um aprofundamento espiritual por meio de ações que nos levem a sermos melhores pela não-violência ativa, a intenção. O alinhamento entre as ações e as intenções vai produzir resultados nas organizações, nas relações, na vida e na sociedade. As oito bem-aventuranças são muito mais do que parecem ser: (1) “Bem-aventurados os que têm um coração de pobre, porque deles é o Reino dos Céus!” é um convite a humildade de quem se identifica com a simplicidade e o despojamento que permitem a evolução. Qual a ação que o coloca no caminho da evolução na sua organização e na sua vida? (2) “Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados!” se volta para dentro, explorando a aflição de uma dor interior que pode ser sanada na relação com o próximo. Qual ação que o aproxima do outro em sua frágil humanidade como colega, diretor ou cônjuge? Eles têm as mesmas necessidades que a suas. (3) “Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra!” ao herdá-la pela gentileza e não-violência que se manifestam ativamente em momentos de conflito. O que você faz para transformar os conflitos em momentos de crescimento e evolução? Não importa o ambiente, porém tudo que precisa ser dito pode ser dito, apenas depende de como é dito. (4) “Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados!” que se reflete numa sociedade que busca a equidade e a justiça social a partir de cada um. As suas ações refletem essa busca na sua função e nos seus diferentes papéis como um ser social? (5) “Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia!” fala da reciprocidade, lembrando-nos para que não julguemos para não sermos julgados. A misericórdia faz parte da sua atitude na vida? É o reconhecimento da diversidade como uma condição natural humana em nossa singularidade e multiplicidade. (6) “Bem-aventurados os puros de coração, porque verão Deus!” em si mesmos, na natureza e no próximo com a maturidade espiritual conquistada. As suas ações permitem ver a Deus ou a uma realidade maior? Nós fazemos parte, não estamos aparte de anda. (7) “Bem-aventurados os pacíficos, porque serão chamados filhos de Deus!” ao promoverem a abundância, a prosperidade e o bem-estar a partir de uma tranquilidade interior ativa. Você está entregando o seu melhor na sua organização, nas suas relações e na sociedade? O resultado de entregar o melhor de cada um vai produzir os resultados esperados. E (8) “Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus!” que começa na terra ao agir e fazer as escolhas em conformidade com as demais bem-aventuranças. A suas intenções e as ações estão alinhadas? São o BEM-AVENTURADOS que sabem que o mundo pode não ser justo, mas que cada um pode ser. Enfim, creio que a não-violência está explícita como uma intenção no Sermão da Montanha, assim como um convite para a ação que nos leve a evolução da nossa condição humana pela espiritualidade. A produtividade, a prosperidade, a abundância e o bemestar serão o resultado natural dessa tomada de consciência.

Enfim, acredito que a Comunicação Não-Violenta de Mashall Rosemberg oferece um passo a passo ativo de construção de uma sociedade espiritualizada que começa a cuidar de si mesmo e do próximo mais próximo. Os desafios: (1) observar sem julgar? (2) Sentir com o outro? (3) Atender as necessidades de um e do outro? (4) Pedir e dar ao respeitar um e outro? Fácil? Não. Possível? Sim. Basta reconhecer a nossa centelha divina expressa nas bem-aventuranças que ganham mais relevância no período natalino. As pessoas querem exibir as ações que revelam as suas intenções de compaixão e de bondade, basta lembrar que elas são características inatas dos seres humanos. É preciso deixar aflorar as intenções por meio de ações produtivas para que se crie um mundo de abundância e de prosperidade. Alinhe-se: seja compassivo, seja bondoso, seja HUMANO, porque também somos DIVINOS. É NATAL!!!

Moacir Rauber

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