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Lia sobre a diferença entre conhecimento e sabedoria no meu
canto, mas escutava algumas conversas alheias. Não via as pessoas, porém pude
identificar que se tratava de pai e filho. A conversa entre os dois começou
sobre alguns passeios que haviam feito no final de ano e da diferença com
relação aos anos anteriores. “Este ano estávamos somente nós, né pai?” disse o
filho. A conversa avançou para uma onda de sonhos, desejos e ambições do filho.
Ele queria ser engenheiro, sonhava ser piloto de aviação e dizia que iria
trabalhar para ajudar nas contas da casa. O pai o escutava. Numa das pausas o
pai perguntou se o filho havia concluído todos os trabalhos do ano que o
permitiriam concluir o ensino médio. O filho disse que ainda faltava um, mas
que o professor era o culpado porque não o ajudava. O pai o ouvia. O filho
falou, justificou e se isentou de qualquer responsabilidade, acreditando que
havia feito uma bela figura diante do pai que estava em silêncio. Depois da
pausa, a voz do pai mudou de tom. Não exibia mais os traços da voz festiva que
havia escutado até então. Tornou-se firme ao perguntar:
– Você quer ser engenheiro? Você sonha em ser piloto?
Você quer ajudar nas contas? É tudo muito bonito, mas quando você vai terminar
o Ensino Médio?
O filho tentou mais uma vez argumentar. O pai não o deixou,
porque assim como ele o havia ouvido agora era a sua vez de se calar. Ao falar,
o pai respeitou o que o filho havia dito, porém assumiu o seu papel pôr os
limites, dar as orientações e se dispor para acompanhá-lo no processo.
Entretanto, destacou que caberia ao filho fazer aquilo que estava ao seu
alcance fazer, sem responsabilizar os outros pelas ações que eram sua
responsabilidade. Naquele momento de nada servia sonhar em ser engenheiro,
imaginar-se pilotando um avião ou querer buscar trabalho se ele não havia se
dedicado o suficiente para fazer um trabalho de conclusão de curso. Dizer que o
professor não o ajudara para não entregar um trabalho que tinha diretrizes,
prazo e datas estabelecidas e conhecidas no início do ano não condiz com as
pretensões de futuro do filho. Era necessário concluir os trabalhos que estavam
ao seu alcance para concluir o Ensino Médio era indispensável para realizar
qualquer um dos sonhos que o filho havia dito ter. Por fim, o pai concluiu:
– Estudar e aprender é uma opção de transformar potencial
em talento, meu filho. Se você acredita que pode ser um engenheiro e piloto de
aviação para contribuir com a sua cota na casa, certamente você pode, mas você
deve querer pagar o preço de estudar e aprender. Você pode fazer o trabalho?
Então faça e depois siga o seu caminho.
O filho se calou e parece que entendeu a posição do pai.
Entendi que o pai afetou com os limites do afeto. Foi uma fala forte de alguém
que tem a sabedoria da vida para alguém que busca o conhecimento. O afeto do
pai estava presente ao assumir a sua responsabilidade de querer saber, de se
posicionar e de se colocar à disposição para acompanhar o filho. Qual era a
intenção do filho? Quais seriam as suas ações? O pai certamente afetou com
afeto a vida do filho, porque ele não se propôs a fazer aquilo que era
responsabilidade do filho fazer. Por fim, observei que o passado vivido pelo
filho havia sido lindo. Percebi que o seu futuro poderia ser promissor. E compreendi
que é o presente que vai definir se o passado do filho no futuro será
igualmente bom.
Os limites do afeto podem ajudar a que o conhecimento se
transforme em sabedoria.