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Filmes que destacam o melhor da humanidade: Me chame pelo seu nome

Esqueça a lista de filmes do Oscar, ele recém passou. A lista “Greater Goodies” elaborada por Greater Good Magazine ressalta filmes do último ano que são exemplos de perdão, resiliência, empatia e outras palavras chave que reforçam comportamentos que produzem o nosso bem estar. O Oscar premia atuação, direção, edição e assim por diante e a lista “Greater Goodies” escolheu os ganhadores pelas suas habilidades de ilustrar comportamentos essenciais para o bem estar humano, como a resiliência, o propósito e o perdão.

Alguns filmes são blockbusters repletos de ação, como a Mulher Maravilha ou Star Wars: o último Jedi; outros são filmes independentes, como O Projeto Flórida e Lady Bird. Esperamos que a lista de filmes Greater Goodies ajude você a assistir todos eles a partir de uma nova perspectiva e, talvez, consiga usar essa aprendizagem na própria vida.

Serão dez filmes: (1) Me chame pelo seu nome – RESILIÊNCIA; (2) Coco – PROPÓSITO; (3) A hora mais negra – INTELIGÊNCIA SOCIAL; (4) O projeto Flórida – EMPATIA; (5) Lady Bird – PERDÃO; (6) Star Wars: o último Jedi – MENTALIDADE DE CRESCIMENTO/FLEXÍVEL; (7) A forma da água – HEROÍSMO NÃO VIOLENTO; (8) Extraordinário; e (9 e 10) Mulher Maravilha / Pantera Negra – COMUNIDADE e DIVERRSIDADE.

A resenhas foram feitas por Jeremy Adam Smith, Maryam Abdullah, Jesse Antin, Amy L. Eva, Emiliana R. Simon-Thomas, Jill Suttie em fevereiro de 2018 e publicada na Greater Good Magazine. A tradução é minha, Moacir Rauber.

(1) O Prêmio de Resiliência vai para: ME CHAME PELO SEU NOME

Os atores Timothée Chalamet e Armie Hammer são Elio e Oliver.

Quando o jovem Elio Perlman de dezessete anos encontra pela primeira vez o estudante de doutorado Oliver, eles pareceram não gostar muito um do outro, mas quando eles se afastam isso acontece de forma dolorosa. ME CHAME PELO SEU NOME é sobre o que acontece entre esses dois momentos, mostrando como Elio e Oliver se apaixonam em meio a beleza decadente da Lombardia na Itália.

Durante o caminho, aprende-se muito sobre resiliência. Na cena de sete minutos que fecha o filme, um Elio devastado olha fixamente para o fogo enquanto as lágrimas escorrem pelo seu rosto, mas se sabe que ele vai ficar bem. Por quê?

Principalmente porque Elio está longe de estar sozinho. O pai de Elio sabe que ele está se apaixonando por Oliver. Porém, antes de censurar ou recriminar o filho, o pai de Elio assiste e espera, mantendo a conexão, mesmo nos momentos em que parece que o adolescente está se afastando.

“A natureza tem maneiras engenhosas de descobrir os nossos pontos fracos”, diz ele em determinado ponto, aceitando que cedo ou tarde todos nós sofremos um golpe da vida. Na impressionante cena final em que estão juntos, o pai revela ao filho que sabia de seu romance com Oliver e encoraja-o a ter uma nova perspectiva. “Ele era bom e vocês tiveram a sorte de se terem encontrado, porque você é bom…”, diz o pai. Por fim, ele acrescenta:

“Eu posso ter chegado perto, mas nunca tive o que vocês dois têm. Algo sempre me impediu ou se interpôs no caminho. Como vocês vivem as suas vidas é problema de vocês e lembrem-se, nossos corações e nossos corpos nos são dados apenas uma vez. E antes que você se dê conta o coração está desgastado. Quanto ao corpo chegará o ponto em que ninguém mais vai olhar para ele ou vai querer se aproximar dele. Nesse momento há dor e tristeza. Por isso, não mate isso e com isso não mate a alegria que você sentiu”.

Assim, é a conexão com o pai que faz com que Elio sinta o coração partido, mas é a mensagem do Pai que também importa. Sofrer é parte da vida, ele diz para o seu filho e assim é a alegria, o prazer e o amor. Nós nos fortalecemos sempre que nos permitimos lembrar e sentir tudo isso.

Por Jeremy Adam Smith

Tradução Moacir Rauber