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O QUE SE PODE APRENDER COM O CONSELHO?

O que se pode aprender com o Conselho?

Via os dois anciãos sentados no banco de frente para a praia. Um mostrava o celular para o outro e falavam das diferentes funções que um determinado aplicativo dispunha. Conversavam animadamente sem nenhuma demonstração de tristeza ou de frustração por não entender ou não saber utilizar a tecnologia. Estavam aprendendo e usando. Um exclama, o outro responde e assim seguiam explorando as possibilidades da interatividade. Um deles, com cara de eureca, fala:

– Isso faz sentido!

Não sei o que aquele senhor descobriu, porém, o que podemos aprender com a situação? Talvez possamos reaprender! Reaprender o que? Reaprender que a idade não é um empecilho para a aprendizagem, mas a escolha de manter a mentalidade aberta para que se possa seguir sendo um aprendiz. E por que reaprender isso é importante? Porque era algo que sabíamos e perdemos. Durante muitos anos se criou o rótulo de que com o avançar dos anos as pessoas perdiam a capacidade de aprendizagem e, com isso, aumentaria as dificuldades para usar a tecnologia imperante na atualidade. Que grande engano! A neurociência constatou a plasticidade cerebral que afirma que o cérebro humano continua com a sua capacidade de desenvolvimento, apesar da idade, exceções feitas às enfermidades. Novidade? Não. Além do mais, com a ancianidade há a possiblidade de se acrescentar a sabedoria ao conhecimento e à tecnologia para saber usar as ferramentas para que a tua família, a tua organização e o mundo sejam melhores com o seu uso. Portanto, reaprender com a constatação da neurociência ao olhar para as civilizações antigas é ser inteligente e humilde, estimulando que se inove e se transforme com o sentido de redescobrir e ressignificar. A sabedoria que vem com a idade é ancestral, é bíblica: “Com os anciãos e mais experientes está a sabedoria, e na idade avançada, a compreensão e o entendimento” (Jó 12:12). Desse modo, as antigas civilizações criavam os conselhos de anciãos para respeitar a trajetória das pessoas que os trouxeram até onde estavam. Da mesma forma, essa prática era a representação visível da crença de que as pessoas eram mais inteligentes e mais sábias com o passar dos anos. Por isso, cabe a nós sermos inteligentes para que possamos aproveitar o conhecimento com sabedoria, assim como exercitarmos a humildade para reaprender e com isso redescobrir a importância do Ser Humano em todas as fases de sua vida. Além do mais, redescobrir que a aprendizagem é um processo para a vida muda a perspectiva das possibilidades. A idade avançada não é uma limitação, é um privilégio que abre um mar de oportunidades. Que tipo de oportunidades? Para a pessoa em si, abre a oportunidade de usufruir da vida com a qualidade que o conhecimento, a tecnologia e a sabedoria podem proporcionar. Para as organizações, as pessoas com mais idade podem ser uma oportunidade de negócios, uma vez que seguem aprendendo e ensinando. Desse modo, redescobrir e reaprender nos levam a ressignificar a própria vida ao encontrar o sentido dela e de tudo que se faz. É a compreensão e o entendimento que podem vir com a idade, muitas vezes expressos num conselho. Sim, num conselho de aconselhamento que as pessoas com a experiência da idade podem dar. Ou num conselho de agrupamento de pessoas com conhecimento e inteligência para que com humildade possam propor os rumos de uma equipe, de uma organização ou de uma profissão. O Pepitas Secretaries Club reúne as pessoas com as características de quem está aberto para Reaprender, Redescobrir e Ressignificar num movimento de sabedoria que aproveita o conhecimento com humildade e inteligência. Dele surge o FISEC – Fórum de Inovação em Secretariado que nos permite aprender a reaprender para descobrir e redescobrir num movimento natural de significar e ressignificar. Faz sentido?

A situação do diálogo inicial pode nos ensinar algo? Creio que sim, porque a constatação contida na expressão é a de que o ancião viu sentido naquilo que iria fazer ou usar. Esse é um dos nossos grandes desafios: qual é o sentido? Para que criamos e inovamos? Por isso, é indispensável se indagar: Reaprender para quê? Reaprender para redescobrir e ressignificar o próprio papel no mundo e entender se faz sentido. A humildade de reconhecer que a sabedoria pode vir com a ancianidade e que a ancianidade pode nos ensinar por ter a experiência que aquele que não é ancião não tem. Pergunte-se: quer aprender? É preciso estar disposto a reaprender. Quer descobrir? É importante estar aberto para redescobrir. Quer ressignificar? Você pode aprender com o Conselho.

Moacir Rauber

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A quem você saúda?

FISEC: REAPRENDER, REDESCOBRIR E RESSIGNIFICAR PARA INOVAR

FISEC: REAPRENDER, REDESCOBRIR E RESSIGNIFICAR PARA INOVAR

A quem você saúda?

Muitas vezes, cuidamos do carro e não cuidamos do corpo, da mente e do espírito (https://facetas.com.br/2022/05/27/voce-cuida-do-seu-carro/). A reflexão do nosso grupo de trabalho resgatou a analogia do carro, falando sobre a espiritualidade. O meu amigo (Rosan) indagou:

– A quem você saúda quando levanta a mão ao cruzar com outro carro?

A resposta é óbvia, principalmente em cidades pequenas onde quase todos se conhecem entre si. A saudação vai para a pessoa do outro lado e não para o veículo, pouco importando se é uma BMW ou um Fusca. Na analogia usada, o modelo do carro é a aparência e o condutor a essência. Este não faz parte do carro. Na comparação com um ser humano o corpo é a aparência, mas onde está a essência? A essência é a alma, o espírito ou o coração, porque é tudo aquilo que uma máquina não é. Portanto, estar num evento que se propõe ser inovador a partir de elementos como reaprender, redescobrir e ressignificar faz todo o sentido. Para reaprender, muitas vezes, é necessário desaprender para dar espaço ao aprender. Para redescobrir é preciso revisitar caminhos já percorridos e identificar aquilo que é essencial descobrir de novo. Por fim, ressignificar é se reencontrar com a essência de cada um que está além da aparência de um cargo, de um papel social ou de um carro. A essência pode ser vista nos olhos da criança que cada um foi e na importância daquilo que se faz hoje para a pessoa que cada um imagina que vá terminar a sua jornada. Portanto, use uma foto de quando você tinha cinco anos, olhe nos olhos e encontre a sua essência. Veja a beleza, a pureza e os sonhos dessa criança. Aí está o verdadeiro condutor do seu carro. Depois avance para aquele que você imagina que irá terminar a jornada. Quantos anos, oitenta ou noventa? Não se sabe, mas se pergunte: qual a importância daquilo que você faz hoje no final da sua jornada? Os sentimentos, como as dores e as alegrias? O trabalho e a função profissional? As relações pessoais e as contribuições sociais? O que disso tudo que você exibe hoje realmente importa ao final da vida? Essa reflexão pode ajudar o condutor a reaprender, a redescobrir e a ressignificar hábitos, costumes e rituais internalizados que o levam a somente cuidar ou a descuidar da aparência. É preciso fazer a manutenção do carro? Sim, é fundamental manter o veículo em dia e bem cuidado na sua parte externa, porém é indispensável cuidar da essência, o condutor. Fala-se do corpo, a parte visível, e principalmente do espírito e da mente, a parte invisível. A busca pelo sentido da vida nos leva a reaprender, a redescobrir e a ressignificar a essência ao nos entendermos como seres humanos e divinos. Enfim, o carro vai para onde o condutor determinar. Para onde você quer ir?

Vá para o FISEC! É importante seguir na vida aprendendo e reaprender é uma estratégia de inovação. É relevante seguir na vida descobrindo e redescobrir é um processo de inovação. É fundamental seguir em busca do sentido da vida e ressignificar é essencial para a inovação. Ressignificar para resgatar a essência da criança na convergência com a sabedoria do ancião que determine a tua ação a partir da intenção mais profunda. Um processo que tem o poder de transformar o velho em novo na redescoberta é inovador. Uma estratégia que permite reaprender para tirar algo bom daquilo que aparentemente não é, é inovadora. Com isso, sempre que nos cruzarmos com outra pessoa teremos o discernimento para saudar o condutor, pouco importando se ele está numa BMW ou num Fusca. Seja no ambiente pessoal ou profissional, por trás daquele veículo está um menino que pretende chegar à ancianidade e que carrega perguntas como: quem sou eu? Onde estou? De onde vim? Para onde vou? É o condutor que vai ditar o rumo com o espírito e a mente. Para onde você quer ir?

Moacir Rauber

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