Participei da oficina com o carismático Moacir Rauber e posso dizer que foi muito enriquecedor, você aprender técnicas para pausar o seu dia, ser mais assertivo e se livrar dos sabotadores, saber lidar com as emoções que nos cercam diariamente e estar com pessoas que podem fazer toda a diferença na sua vida, realmente não tem preço. Os nossos encontros foram cheios de sabedoria. Oficina Comunicação Afetiva para ser Efetivo.
Para pessoas de alto desempenho!
Quatro encontros (04, 11, 18 e 25-04-23) das 19h30 às 21h30
Conhecimento e Metodologias de Aplicação
Quatro Ferramentas práticas de Desempenho e Gestão de Conflitos
EU AFETO O MUNDO. O MUNDO ME AFETA.
COM AFETO O MUNDO É MELHOR!
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“Demasiadamente Humanos” revela uma busca diária e ininterrupta pelo sentido da vida na relação humana com a centelha divina.
Somos Únicos. Somos Múltiplos.
Somos Singulares. Somos Plurais.
Somos Humanos. Somos Divinos.
Enfim, entendo que é a nossa Humanidade que nos aproxima do Divino.
No sábado (08-10-22) fui convidado para conversar com a Pepita Soler e o Prof. Jefferson Sampaio. Seria uma reunião rápida. A Pepita já me havia despertado a curiosidade, porque disse que haveria uma surpresa. Que surpresa? Ora, é surpresa! Assim começou nossa conversa. Assunto daqui e dali, até que enfim revelaram a surpresa: o livro “Demasiadamente Humanos”. O Jefferson escolheu os textos, fez a diagramação, a edição e a introdução. A Pepita dispôs a estrutura, o apoio e os textos publicados em seu site. O resultado um livro que traduz o título lindamente criado pelo Jefferson.
Outra vez o nosso grupo estava reunido para explorar os temas relacionados ao corpo, à mente e ao espírito. A fala do dia (@Cris.faria) tratava da mente, da lógica e da busca por resultados por meio do conhecimento que impacta diretamente a performance individual, das equipes e das organizações. A exibição de inúmeras ferramentas de desempenho que podem ser utilizadas no dia a dia por cada um que esteja disposto a desenvolver as habilidades para delas se beneficiar. É uma escolha. A reflexão sobre a mente, invariavelmente, se volta para o corpo. A mente e o corpo se conectam com algo que muitos creem ser o espírito e outros tantos, que não creem, desconfiam que há algo que ainda não conseguem entender. Espírito? Alma? Energia? Transcendência? Finitude? Perguntas sem respostas que se possam comprovar pela ciência. Entre questionamentos e reflexões a pergunta que muitos demoram, não querem ou se recusam a responder:
– Quem é você?
Não se tratava de saber qual a profissão ou quais os papéis sociais desempenhados. A pergunta ia além. Responder que sou advogado, professor, atleta, marido ou pai somente fala daquilo que faço da porta para fora. A pergunta proposta pela Cris tinha a ver com quem é você da porta pra dentro. Com quem você vai dormir à noite? Tampouco tem a ver com a companhia do outro que deita na cama comigo, mas com a essência que me acompanha no íntimo do meu ser. Essa pergunta é o desafio a ser vencido por cada um de nós na busca pelo desempenho do corpo, no esforço para desenvolver as capacidades da mente e na tentativa de desvendar os segredos do desconhecido que podem nos revelar o sentido daquilo que fazemos. Falamos do Espírito, da Alma ou da Energia Cósmica? Não sei, é desconhecido. Ainda que não se tenha uma resposta, porque não há ciência ou método científico que possa aclarar e nem acalmar essa busca, saber quem se é da porta pra dentro pode ajudar a que cada um seja pleno da porta pra fora. A clareza dos métodos pode ajudar.
Voltamos para a analogia do carro presente em textos anteriores (Você cuida do seu carro e A quem você saúda?). As escolhas de como você vai cuidar do seu carro, o corpo, e da sua mente, o condutor, darão tranquilidade para encontrar a essência, a sabedoria. Ela está na alma, no espírito, na energia cósmica ou no coração. Quem vai ditar o rumo? O condutor com as suas escolhas para saber se dirigir será um ato de perigo, de prazer ou de construção. Assim, chegamos ao conhecimento que organizado e compartilhado criam novas teorias e práticas inovadoras num processo de retroalimentação contínua. Surgem as ferramentas que operacionalizam a ciência fazendo com que as pessoas alcancem alto desempenho. Porém, isso tudo somente faz sentido se o uso das ferramentas vindas do conhecimento é feito com sabedoria que a espiritualidade pode oferecer. A reaprendizagem, o redescobrimento e a capacidade de ressignificar a vida fazem a diferença para se perguntar: o mundo é melhor porque você está nele? Isso é espiritual.
Por fim, o nosso encontro terminava com o entendimento da importância de integrar corpo, mente e espírito a partir de um movimento de liderança interna. Responder quem é você da porta pra fora é fácil. Basta dizer a sua profissão ou outro papel social que te pareça interessante. Porém, a pergunta a ser respondida é: quem é você da porta pra dentro? Quem é você no fundo do seu coração? É esse entendimento que vai permitir Reaprender, Redescobrir e Ressignificar fazendo com que o mundo seja melhor com a sua, a minha presença. Pergunta: o mundo é melhor com quem você é da porta pra dentro? Se sim, o mundo da porta pra fora agradece a sua presença!
Via os dois anciãos sentados no banco de frente para a praia. Um mostrava o celular para o outro e falavam das diferentes funções que um determinado aplicativo dispunha. Conversavam animadamente sem nenhuma demonstração de tristeza ou de frustração por não entender ou não saber utilizar a tecnologia. Estavam aprendendo e usando. Um exclama, o outro responde e assim seguiam explorando as possibilidades da interatividade. Um deles, com cara de eureca, fala:
– Isso faz sentido!
Não sei o que aquele senhor descobriu, porém, o que podemos aprender com a situação? Talvez possamos reaprender! Reaprender o que? Reaprender que a idade não é um empecilho para a aprendizagem, mas a escolha de manter a mentalidade aberta para que se possa seguir sendo um aprendiz. E por que reaprender isso é importante? Porque era algo que sabíamos e perdemos. Durante muitos anos se criou o rótulo de que com o avançar dos anos as pessoas perdiam a capacidade de aprendizagem e, com isso, aumentaria as dificuldades para usar a tecnologia imperante na atualidade. Que grande engano! A neurociência constatou a plasticidade cerebral que afirma que o cérebro humano continua com a sua capacidade de desenvolvimento, apesar da idade, exceções feitas às enfermidades. Novidade? Não. Além do mais, com a ancianidade há a possiblidade de se acrescentar a sabedoria ao conhecimento e à tecnologia para saber usar as ferramentas para que a tua família, a tua organização e o mundo sejam melhores com o seu uso. Portanto, reaprender com a constatação da neurociência ao olhar para as civilizações antigas é ser inteligente e humilde, estimulando que se inove e se transforme com o sentido de redescobrir e ressignificar. A sabedoria que vem com a idade é ancestral, é bíblica: “Com os anciãos e mais experientes está a sabedoria, e na idade avançada, a compreensão e o entendimento” (Jó 12:12). Desse modo, as antigas civilizações criavam os conselhos de anciãos para respeitar a trajetória das pessoas que os trouxeram até onde estavam. Da mesma forma, essa prática era a representação visível da crença de que as pessoas eram mais inteligentes e mais sábias com o passar dos anos. Por isso, cabe a nós sermos inteligentes para que possamos aproveitar o conhecimento com sabedoria, assim como exercitarmos a humildade para reaprender e com isso redescobrir a importância do Ser Humano em todas as fases de sua vida. Além do mais, redescobrir que a aprendizagem é um processo para a vida muda a perspectiva das possibilidades. A idade avançada não é uma limitação, é um privilégio que abre um mar de oportunidades. Que tipo de oportunidades? Para a pessoa em si, abre a oportunidade de usufruir da vida com a qualidade que o conhecimento, a tecnologia e a sabedoria podem proporcionar. Para as organizações, as pessoas com mais idade podem ser uma oportunidade de negócios, uma vez que seguem aprendendo e ensinando. Desse modo, redescobrir e reaprender nos levam a ressignificar a própria vida ao encontrar o sentido dela e de tudo que se faz. É a compreensão e o entendimento que podem vir com a idade, muitas vezes expressos num conselho. Sim, num conselho de aconselhamento que as pessoas com a experiência da idade podem dar. Ou num conselho de agrupamento de pessoas com conhecimento e inteligência para que com humildade possam propor os rumos de uma equipe, de uma organização ou de uma profissão. O Pepitas Secretaries Club reúne as pessoas com as características de quem está aberto para Reaprender, Redescobrir e Ressignificar num movimento de sabedoria que aproveita o conhecimento com humildade e inteligência. Dele surge o FISEC – Fórum de Inovação em Secretariado que nos permite aprender a reaprender para descobrir e redescobrir num movimento natural de significar e ressignificar. Faz sentido?
A situação do diálogo inicial pode nos ensinar algo? Creio que sim, porque a constatação contida na expressão é a de que o ancião viu sentido naquilo que iria fazer ou usar. Esse é um dos nossos grandes desafios: qual é o sentido? Para que criamos e inovamos? Por isso, é indispensável se indagar: Reaprender para quê? Reaprender para redescobrir e ressignificar o próprio papel no mundo e entender se faz sentido. A humildade de reconhecer que a sabedoria pode vir com a ancianidade e que a ancianidade pode nos ensinar por ter a experiência que aquele que não é ancião não tem. Pergunte-se: quer aprender? É preciso estar disposto a reaprender. Quer descobrir? É importante estar aberto para redescobrir. Quer ressignificar? Você pode aprender com o Conselho.
Nasci e me criei na roça, com muito orgulho. Ser agricultor me dava prazer, mas não impedia de sempre ouvir umas piadas dos amigos que moravam na cidade. Diziam eles que os agricultores somente iam à cidade para chupar picolé e levar susto de carro. Essa teoria se explica. Até o final da década de setenta a maioria dos colonos não tinha energia elétrica e as pessoas tampouco possuíam carros. Mesmo aqueles que dispunham de tais luxos tinham em sua rotina poucos encontros com pessoas que não fossem do círculo familiar e não consumiam muitos dos produtos comuns para quem morava numa cidade. Muitos agricultores iam uma ou no máximo duas vezes ao mês para cidade e nessas idas encontravam mais novidades que os curiosos olhos podiam acompanhar. Com isso, a cabeça girava para todos os lados para poder admirar uma casa linda, um edifício enorme, pessoas bem-vestidas e carros, muitos carros. Eram carros novos, velhos, bonitos e feios, uma imensidão de variedades. Assim, muitas vezes ao cruzar a rua os olhos se dirigiam para o lado contrário ao fluxo de veículos, que resultava em frequentes quase atropelos e muitos sustos. Ao finalizar o dia de aventura na cidade, antes de retornar para casa, invariavelmente se comprava um sorvete ou um picolé, afinal, esse era um prazer de que não se podia usufruir na roça.
Esse sujeito que se admira com as novidades, com diferentes costumes, impressionando-se, espantando-se e apaixonando-se pela vida continua muito vivo em mim, apesar de já de ter deixado a roça há um bom tempo e circulado por muitos lugares exóticos deste nosso pequeno grande mundo. Lembrei-me desse período da minha vida com muita força recentemente. Numa saída de casa passeando com minha cadeira de rodas pelas redondezas, fiquei zanzando e admirando a beleza dos jardins e das ruas, além de observar as pessoas caminhando pelas calçadas, muitas delas ensimesmadas. Tantas coisas acontecendo que não conseguia prestar atenção em tudo. A cabeça continuava girando, ansiando por ver coisas que não havia visto ou situações não presenciadas, resultado daquela curiosidade nunca completamente saciada oriunda lá da minha infância e adolescência agrícola. Às vezes eu ia bem devagarzinho, outras acelerava minha cadeira de rodas. Numa dessas aceleradas, com os olhos buscando algum detalhe antes não percebido, as pequenas rodas dianteiras da cadeira se toparam com uma saliência na calçada. Foi um impacto e um tombo. A cadeira parou, mas eu deslizei para frente, estatelando-me no chão. Antes que eu a pudesse segurar ela correu para trás, distanciando-se uns cinco metros de mim. Lá estava eu esparramado na calçada sem alcançar a minha cadeira. Nisso vem uma mulher completamente distraída, mexendo em seu celular e chupando um picolé. Ela aproximou de mim a minha cadeira e me ofereceu um picolé.
A curiosidade pode nos causar impactos que nos assustam, mas ela nos amplia a expectativa de vida. A curiosidade nos traz conhecimento, o conhecimento nos dá alternativas, as alternativas nos fazem aprender a usar o conhecimento que se transforma em experiência. Por fim, viver é experimentar e para experimentar é essencial ser curioso. Se não se pode viver muito mais do que 80 ou 90 anos é possível experienciar mais. É preciso estar disponível para se assustar. Qual foi o susto que você levou a partir da sua curiosidade? O que você aprendeu? Nada? Então pelo menos se sente e chupe um picolé ou tome um sorvete.