Arquivo da tag: conhecimento e sabedoria

CONHECIMENTO E FERRAMENTAS: ONDE ESTÁ A SABEDORIA?

Fonte: IA BING

Conhecimento e ferramentas: onde está a sabedoria?

“Toda a teoria deve ser feita para poder ser posta em prática, e toda a prática deve obedecer a uma teoria” .

(Fernando Pessoa)

O grupo se encontrava uma vez por semana para debater alguns temas relativos ao conhecimento, como as constatações e as descobertas da neurociência sobre a área comportamental. Igualmente, eram exploradas novas ferramentas de aplicação do conhecimento usadas nos cursos e formações que os integrantes do grupo, como intelectuais e professores, ministravam. Não eram jovens, porque tinham entre cinquenta e oitenta anos. Um dos integrantes trouxe o tema da saúde e bem estar e comentou:

– As atividades físicas são indispensáveis para que possamos ser mais produtivos… (apresentou conceitos e dados científicos para comprovar).

Em seguida, trouxe outras informações apoiadas em diversas pesquisas científicas que apontavam o jejum programado como uma estratégia que produzia benefícios para a saúde cardíaca e que aumentava a longevidade.

Uma conversa interessante, mas do que tratamos nesses parágrafos iniciais? Falamos do conhecimento trazido pela ciência que mostra que podemos ser mais produtivos e longevos com atividades físicas e jejum. Da mesma forma, mostramos duas ferramentas com comprovação científica que podem contribuir na busca por produtividade e longevidade: as atividades físicas e o jejum. Fica a pergunta: onde está sabedoria?

Comecemos respondendo: o que é sabedoria? A palavra tem origem no latim sapere e para o nosso texto será entendida como a capacidade de atuar com retidão, juízo, discernimento e bom senso frente a situações cotidianas ou extraordinárias, levando-nos a ser sábios. Acrescente-se conhecimento, raiz latina de cognescere, a capacidade de apreender as coisas usando o raciocínio ou a experimentação e que por meio de sua aplicabilidade transforma a realidade. Por fim, as ferramentas são “aquelas que servem de meio para determinado fim” (Dicionário Priberam da Língua Portuguesa), contribuindo para ampliar as capacidades das pessoas ao realizar uma atividade pontual ou alterar o entorno. As ferramentas derivam do conhecimento e ambos podem ser ensinados. Porém, podemos conhecer e ter ferramentas e ainda assim não sermos sábios, porque o uso do conhecimento e das ferramentas, seja para o bem ou para o mal, é uma escolha individual. Desse modo, a sabedoria necessita ser aprendida e praticada, uma vez que ela vem de dentro de cada um, exigindo comportamentos baseados no bom senso, no juízo, no discernimento e na retidão.

Por que faço essa digressão? Porque o grupo que comentei no início é formado por intelectuais de diferentes áreas, com muito conhecimento e o domínio de diferentes ferramentas. Entretanto, não são necessariamente sábios, uma vez que a sabedoria exige a prática do conhecimento por meio do uso das ferramentas com a intenção reta, com a capacidade do discernimento entre o bem e o mal a partir do bom senso daqueles que tem juízo. Ao observar o grupo, sabe-se que não é bem assim, porque nem sempre as ferramentas são usadas com sabedoria, quer seja para realizar uma atividade pontual pessoal ou mesmo melhorar o entorno. Ao resgatar a teorização inicial sobre a importância da atividade física e do jejum e observar os integrantes do grupo, pode-se constatar que ele é formado por intelectuais, mas também por sedentários e glutões.

Dessa forma, de que me serve ter o conhecimento sobre a importância das atividades físicas se não pratico? Qual a utilidade de conhecer e discorrer sobre os benefícios do jejum se nunca faço? Portanto, acredito que a sabedoria reside na capacidade de apropriar-se do conhecimento e de usar as ferramentas ao colocá-las em prática para benefício próprio e do entorno. Caso contrário, para que conhecer? Senão ficamos com intelectuais que não dominam a prática, comparados a corredores que não correm, a remadores que não remam, a jogadores que não jogam, a engenheiros que não engenham ou a religiosos que não rezam.

Enfim, a sabedoria pode ser encontrada com quem tem muito conhecimento, assim como no bom senso e no senso comum, porque o conhecimento e o domínio de suas ferramentas não garantem o surgimento de um sábio.

Moacir Rauber

Instagram: @mjrauber

Blog: www.facetas.com.br

E-mail: mjrauber@gmail.com

Home: www.olhemaisumavez.coom.br

A CORAGEM DE TER MEDO!

Fonte: PIXABAY

A coragem de ter medo!

O jovem sempre fora considerado brilhante. Quando criança os pais e os professores elogiavam a sua inteligência e na adolescência passaram a enaltecê-lo também por sua beleza. Agora ele é um adulto que reúne outras competências ligadas a sua inteligência, como conhecimento, a sagacidade e a rapidez de raciocínio. Além disso, ele esbanja a segurança de quem está bem com a sua imagem. Ao entrar naquela empresa, incialmente, todas essas qualidades se transformaram em resultados. Entretanto, com o passar dos meses algumas situações não se resolviam como ele imaginava e determinados comportamentos seus geravam desconforto na equipe. Assim, o jovem começou a flertar com a insegurança que se manifestava em agressividade. Numa conversa privada, ao revelar a situação, ele foi confrontado com a pergunta:

– O que você faria se não tivesse medo?

Ele sinceramente não sabia, mas constatou que estava com medo. O jovem estava seguro que tinha uma boa formação, era inteligente e, quando queria, simpático. Entretanto, por vezes, não sabia como conduzir uma situação comportamental frente a colegas que pareciam menos inteligentes, menos sagazes e mais lentos. E esse não saber como se comportar o paralisava. Ele detinha muitas competência técnicas, porém não se comunicava tão bem como exigia a equipe, assim como não sabia servir com amor e cuidado com o outro. Faltava-lhe desenvolver a coragem de ter medo para não ter medo de ter coragem. Faltava-lhe a confiança e a curiosidade.

A coragem tem entre os seus sinônimos a ideia de bravura, determinação e audácia, assim como entre os antônimos estão a covardia, a dúvida e o medo. Entendo que ao não ter coragem de ter medo, desaparece a bravura e aparece a covardia. Igualmente, considero que é necessário ser corajoso para exibir dúvidas e perguntar, assim como acredito que é essencial ser corajoso para vencer o medo de não saber, aceitando que o outro sabe. Desse modo, não é o medo que fez paralisar o jovem bonito e inteligente, mas a covardia de não reconhecer que não saber é uma oportunidade de aprender e que o medo como emoção natural nos protege dos perigos reais, assim como da arrogância, da soberba e da prepotência. Portanto, creio que ao sermos arrogantes, perdemos os benefícios do conhecimento; ao sermos soberbos nos privamos da sagacidade; e ao sermos prepotentes renunciamos a boa parte da capacidade de rapidez de raciocínio, porque partimos da crença de que somos mais inteligentes do que o outro. A comparação entre seres únicos, singulares, múltiplos e plurais é a receita para a infelicidade. Por fim, é preciso ter confiança para exibir a coragem (bravura, determinação e audácia)  no exercício da curiosidade que elimina o medo pela humildade de simplesmente não saber algo. Aparecem as oportunidades!

Enfim, na conversa privada o jovem, ao ser confrontado com a pergunta o que faria se não tivesse medo, finalmente parou e chorou. Ele começava a entender que durante a sua vida os elogios foram à sua inteligência e não ao seu esforço e era enaltecido pela sua aparência sem valorizar a sua essência. No seu íntimo ele não era medroso, mas sentia medo. É natural. Da mesma forma, ele não era arrogante, prepotente ou soberbo, mas vivia um momento de agressividade que não valorizava o conhecimento e a sagacidade, prejudicando a sua capacidade  de raciocínio pelo medo de não ter coragem de não saber. Agora entendia que não precisava saber tudo, assim como não precisava agradar a todos. Porém, era importante ser humilde para respeitar o outro e reconhecer o medo sem ficar paralisado. Para isso é essencial a coragem, a confiança e a curiosidade para servir e se comunicar com os outros.

Depois do choro veio o alívio: ele teve a coragem de ter medo para não ter medo de ter coragem. E você?

Moacir Rauber

Instagram: @mjrauber

Blog: www.facetas.com.br

E-mail: mjrauber@gmail.com

VOCÊ QUER UMA ALFACE?

Você quer uma alface?

Que o mundo passa por transformações brutais parece ser senso comum. Entretanto, creio que a essência humana na sua busca por bem-estar pessoal continua. Para alcançar tais objetivos as pessoas enveredam por diferentes caminhos, entre eles a busca pela riqueza material, o crescimento intelectual, os prazeres mundanos ou o bem-estar espiritual. Entendo que, por vezes, podem ser excludentes entre si. Outro dia presenciei uma cena que me desconcertou. Acompanhava um senhor oriundo do mundo intelectual caracterizado pela larga formação acadêmica, pelos muitos anos trabalhados em universidades, pelo doutorado e inúmeros estudos realizados no exterior e pela farta publicação científica na sua área de atuação. Encontramos uma senhora que havia colhido um pé de alface de sua horta. Ela ofereceu a alface ainda sem limpar a terra e as pequenas impurezas naturais de uma planta recém colhida àquele senhor. Ele olhou com interesse, porém logo respondeu:

– Não, não, obrigado. Prefiro pegar no mercado que já vem limpa…

Vi a expressão de decepção no rosto daquela senhora. Senti a frustração por uma resposta que me pareceu mal educada, além de pensar que a suposta intelectualidade dessa pessoa estava desconectada da realidade. De que serve o conhecimento se ele não se traduz em melhoria no ambiente que se vive? Particularmente, creio que se o conhecimento adquirido não melhora a pessoa como pessoa e não contribui para um mundo melhor, seria melhor que a pessoa não tivesse o conhecimento. E isso inclui saber que plantar e colher uma alface melhora o mundo, mais do que isso: serve ao mundo. As mudanças brutais a que estamos sujeitos tem a ver com a desconexão da intelectualidade e da tecnologia daquilo que é real. Toda a teoria que se aprofunda nas diferentes áreas da ciência, formais, naturais ou humanas, tem produzido tecnologias e mudanças comportamentais inimagináveis há poucas décadas, porém, se não melhorar o mundo não serve. Toda transformação e mudança deve servir ao mundo, senão não serve. E para servir o mundo acredito que deva estar conectado com a realidade ordinária das pessoas. Veja o caso da Inteligência Artificial, generativa ou não, ela não pode ser comida ou bebida e não atende estes  aspectos básicos e elementares para o bem-estar humano em qualquer região ou país. Portanto, toda a intelectualidade desconectada das necessidades humanas básicas deve ser questionada. Qual é o teu caminho para o bem-estar? É a riqueza material, é o crescimento intelectual, são os prazeres mundanos ou o bem-estar espiritual? Se o teu caminho para o bem-estar individual estiver desvinculado do bem-estar do outro e do planeta, ele não serve. Por isso, fiquei chocado com a resposta do intelectual que não viu toda a teoria existente na prática da produção de uma alface. E mais, creio ser importante voltar a saber de onde vem aquilo que consome e a entender que por detrás daquele produto tem teoria e tem prática, mas sobretudo tem um ser humano.

“Só os espíritos superficiais desligam a teoria da prática, não olhando a que a teoria não é senão uma teoria da prática, e a prática não é senão a prática de uma teoria” disse Fernando Pessoa. Desse modo, percebo que a teoria deve se aproximar da prática em que cada um de nós entenda o ciclo completo da vida que passa pela produção daquilo que é básico para o Ser Humano. Toda a teoria quando posta em prática deve servir ao mundo para diminuir a brutalidade das transformações. E os intelectuais? Que se reconectem com as suas necessidades básicas, entre elas o alimento, a água, o ar, a luz, o abrigo, o descanso, o silêncio, a tranquilidade e o amor. Por fim, como disse o Pe. Opeka “Frente a brutalidade das transformações que agitam toda a terra, não é possível ser feliz sozinho. Feliz somente se escreve no plural.”

Você é intelectual? Saber plantar e colher uma alface é um ato de amor no plural. É espiritual!

Moacir Rauber

Instagram: @mjrauber

Blog: www.facetas.com.br

E-mail: mjrauber@gmail.com

Home: www.olhemaisumavez.coom.br

TURMA 2: COMUNICAÇÃO AFETIVA PARA SER EFETIVO

O PODER DA COMUNICAÇÃO AFETIVA

Tivemos mais de 50 pessoas ao vivo e ótimos comentários sobre o conteúdo trazido pelo Moacir.

Vou liberar a gravação completa para você que não conseguiu comparecer ou que deseja ver novamente a aula.

Toque no link abaixo para assistir 👇

COM MOACIR RAUBER

Mas ela só vai ficar disponível por pouco tempo e depois irá sair do ar.

Então não deixe para depois!

PARTICIPE DA OFICINA

A Inteligência Positiva e a Espiritualidade na Comunicação AFETIVA para ser EFETIVO.

Para pessoas de alto desempenho!

  • Quatro encontros (04, 11, 18 e 25-04-23) das 19h30 às 21h30
  • Conhecimento e Metodologias de Aplicação
  • Quatro Ferramentas práticas de Desempenho e Gestão de Conflitos

A Sabedoria é o caminho para usar as Ferramentas vindas do Conhecimento com AFETO.

EU AFETO O MUNDO. O MUNDO ME AFETA.

COM AFETO O MUNDO É MELHOR!

Tenho uma boa notícia para você: o desconto de 50% foi liberado e permanece até segunda às 23:59. ✨

Se inscreva agora mesmo para não perder essa oportunidade.

COMUNICAÇÃO AFETIVA PARA SER EFETIVO!

OLHE MAIS UMA VEZ… gratuito!!!

Leitura grátis na Amazon

Este livro traz uma proposta simples, clara e objetiva para se perceber as oportunidades de forma natural em diferentes situações para você empresário, estudante, professor, enfim a qualquer pessoa. O texto é apresentado por meio de uma linguagem acessível, que enlaça conhecimento e sabedoria (ou não) ao longo de uma vida. Desafios, vitórias, fracassos e superações fazem parte deste entorno. Você, leitor, estará em contato com uma fonte de inspiração e reflexão para muitas circunstâncias do nosso cotidiano. E, em algum momento, será o protagonista da história ou sentir-se-á parte dela, relembrando situações vividas e refletindo sobre como poderá aproveitá-las para conduzir a sua vida rumo aos objetivos sonhados.

Versão digital disponível gratuitamente na página OLHE MAIS UMA VEZ!