QUAL É O TEU COMPROMISSO COM A FELICIDADE?

Fonte: IA Gemini

QUAL É O TEU COMPROMISSO COM A FELICIDADE?

Na entrevista de emprego as condições foram apresentadas e ao candidato elas lhe pareceram excelentes. Havia um salário fixo, uma parte de remuneração variável e um pacote de benefícios que lhe pareciam atrativos naquele momento. No final da entrevista o candidato afirmou:

– Pode contar comigo para o que for preciso! Com entusiasmo.

Acredito que muitos gestores de RH ou de outras áreas de uma empresa devem ter ouvido afirmações semelhantes. Para a surpresa de alguns, depois de um período relativamente curto, às vezes de poucos meses, podia se ver na expressão e nas atitudes da pessoa o oposto, o desinteresse. O que será que aconteceu com o entusiasmo dessa pessoa? O que a fez entrar uma condição de desinteresse?

Uma situação semelhante acontece nos relacionamentos amorosos, inclusive naqueles que avançam para o casamento. No período de namoro o amor é visível nos olhos, o humor está presente de forma espontânea e é acompanhado dos benefícios presumidos pela presença e intimidade. Tudo é encantamento! Porém, muitas vezes, depois desse período pode-se ver nos olhos, no humor e no distanciamento o desencanto. O que será que aconteceu com o encantamento do amor? Onde está o prazer que não mais se vê nos olhos, não mais se escuta nas risadas e que não mais se expressa na presença e na intimidade?

Talvez haja uma resposta comum às duas situações: a confusão entre prazer e felicidade, assim como entre entusiasmo e compromisso. Parece-me meritório que cada ser humano mantenha a sua busca por felicidade e que haja entusiasmo nisso, assim como se encontrem momentos de prazer nessa jornada. Podemos falar da legitimidade dessa busca no trabalho ou nas relações pessoais mais íntimas. Entretanto, acredito que é o compromisso que nos mantem no caminho da felicidade por meio do entusiasmo que no proporciona prazer. Você consegue se comprometer com o entusiasmo na sua empresa e com o encantamento nas suas relações? Se sim, está no caminho da felicidade.

Portanto, o engajamento que se espera de um novo colaborador passa pelo cumprimento por parte da empresa das condições estabelecidas com o pagamento do salário fixo, da remuneração variável e dos benefícios. Porém, há uma parte dessa equação que não está com a empresa e sim com o colaborador que entra na empresa que se expressa com a palavra engajamento. Fica a pergunta: qual é o teu compromisso com o entusiasmo demonstrado no início da relação laboral que resulte em engajamento? Isso é contigo!

Da mesma forma, o encantamento existente com a outra pessoa no relacionamento que se está é uma via de mão dupla. Você ainda expressa amor para com o outro nos seus olhos? Como está o seu humor frente as dificuldades do dia a dia? Qual é a sua disposição para manter a presença e a intimidade frente ao outro? O outro é o outro, por isso a pergunta: qual é o teu compromisso com o encantamento que gera prazer e nos traz felicidade?

Por fim, o prazer e o entusiasmo são essenciais para que nos engajemos no trabalho ou para que nos encantemos num relacionamento, entretanto é o compromisso com a nossa busca que nos proporciona a felicidade de encontrar o sentido do trabalho, assim a felicidade de manter um relacionamento. Com isso, sentir-se em boa companhia na organização e construir uma família na relação íntima são consequências. Nessa equação os proventos do trabalho dedicado à empresa irão aparecer, assim como os resultados de um amor verdadeiro se traduzirão em frutos. E que os filhos sejam bem-vindos!

Finalmente, o que é o compromisso foi expresso com sabedoria por João Paulo II que disse: “Aquele que não decide amar para sempre, dificilmente conseguirá amar verdadeiramente por um único dia”. A felicidade é o resultado dele!

Moacir Rauber

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ADOLESCÊNCIA ESTENDIDA: EVOLUÇÃO?

ADOLESCÊNCIA ESTENDIDA: EVOLUÇÃO?

Escutava a conversa entre as amigas sobre as mudanças comportamentais dos últimos tempos. Elas se riam ao lembrar da autoridade das mães de antigamente com relação às de hoje. Também pensavam no acesso aos recursos tecnológicos antigos comparados com os atuais. Resgatavam o início das suas carreiras profissionais aos quinze ou dezesseis anos em comparação com os jovens de hoje. Nesse ponto a conversa mudou de tom quando uma delas disse:

– Hoje a psicologia nos mostra que a adolescência se estende até quase os vinte e cinco anos. É uma evolução…

Logo foi interrompida pela outra:

– Isso não é evolução.

– Mas a ciência mostra essa realidade…

Um momento mais tenso na conversa. O que estava por detrás da tensão?

Creio ser importante falar da palavra evolução e a partir daí cada um pode concordar ou discordar da reflexão proposta.

Etimologicamente, “evolução” é originada do latim evolutio, que deriva do verbo evolvere, significando “desenrolar” ou “abrir”. No seu caminho a palavra evolução ficou associada a ideia de transformação e progresso, entendida como algo que se desenvolve, muda ou progride no tempo.

Nas Ciências Biológicas evolução se volta para as mudanças genéticas e adaptativa das espécies. Na Tecnologia e na Inovação evolução mostra o avanço e o aprimoramento de ferramentas, recursos e procedimentos. No Desenvolvimento Pessoal ela serve de marcador do crescimento individual, intelectual e emocional. Na Matemática e na Física evolução é usada para acompanhar cientificamente as transformações dos sistemas do micro e macro mundo. Por fim, na Sociedade e na Cultura a evolução registra as mudanças comportamentais entre as diferentes gerações. Aqui chegamos à conversa entre as amigas sobre “evolução” como os marcos temporais dos diferentes estágios da vida humana: a infância, a adolescência, a vida adulta e a velhice. Perguntas: as fases da vida sempre foram assim? A evolução significa progresso e transformação?

Em diferentes culturas, ao longo do tempo, a fase conhecida como adolescência não existia. Havia uma transição bastante rápida de pessoa dependente, até a puberdade, para um indivíduo independente, depois dela. Muitas vezes, os rituais de passagem exigiam coragem e força dos homens que os capacitava para serem provedores de um grupo familiar, enquanto as mulheres estavam aptas para formar novas famílias. Dessa forma, não havia muito espaço para dúvidas nesse curto período entre a infância e a vida adulta. Era essencial assumir as responsabilidades que ser adulto acarretava e isso acontecia, quase sempre, entre os 12 e os 18 anos. Certo ou errado? Não sei.

Enfim, entendo que a palavra evolução, em muitas situações, tem sido usada para representar um período difuso e diluído sem que haja uma constatação clara do objeto em questão. A própria evolução das espécies gera controvérsias com a defesa da sua existência, assim como sobre a dubiedade de sua veracidade. Há um sofisma nesse embate? Provavelmente sim. Igualmente, ao nominar evolução para a extensão do período da adolescência tenho minhas interrogações. Penso que a adolescência estendida tem criado um período diluído e difuso na vida das pessoas em que se enchem de dúvidas, ansiedades e medos. Não são mais crianças, porém não são adultos. Não tem mais as regalias da infância, entretanto não assumem as responsabilidades da vida adulta. Seria isso evolução?

Desse modo, acredito que quando a ciência, por meio da psicologia, estende a adolescência, prolongando a transição para a vida adulta, cria-se um período de lacuna existencial. Nessa lacuna as pessoas, biologicamente, estão aptas para serem adultas, contudo, socialmente, não exercem nenhum papel independente. Era a situação vivida pela mãe que defendia a ideia de evolução para a adolescência estendida. Ela tinha um filho de idade adulta, com comportamento adolescente. Ele não era autossuficiente, mas queria sua autonomia. Creio que essa contradição esteja na raiz de muitos problemas emocionais enfrentados pelos jovens que estão na faixa etária compreendida como adolescência tardia. Eles vivem um limbo existencial.

Será que estamos evoluindo?… or do we need to be reborn?

Moacir Rauber

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PRAZER OU FELICIDADE?

Fonte: IA Gemini

PRAZER OU FELICIDADE?

Os dois conversavam sobre o estilo de vida de cada um. Um estava com sobrepeso considerável, ainda que mantivesse uma rotina de atividade física. O outro poderia ser considerado magro com o físico esbelto e igualmente mantinha um ritmo de atividade física, ainda que não fosse um atleta. Ao conversarem sobre as preferências alimentícias, aquele que estava com sobrepeso perguntou:

– Como você faz para se manter tão em forma?

– Não sei, eu só como quando tenho fome…

– Comer só quando tem fome? Comer é para ser feliz! Exclamou.

Talvez o diálogo revele muito sobre o momento da história humana em que, muitos de nós, vivemos a abundância sem a disciplina e, como crianças, nos lambuzamos com o excesso. Com isso comemos para sermos felizes e não para alimentarmos o corpo numa clara confusão entre prazer e felicidade.

As gerações mais velhas viveram a escassez. Muitas pessoas não tinham energia elétrica e com isso, muitas vezes, não dispunham de água encanada ou água quente para tomar um banho, além de todas as demais comodidades trazidas pela eletricidade. Da mesma forma, um grande número de pessoas tinha poucos recursos para comprar comida, pouca oferta de produtos de consumo, descartáveis ou não, pouca disponibilidade de conexão, pouco acesso às festas e bebidas. A escassez fazia que a disciplina fosse um imperativo em que o consumo se dava de maneira consciente para que o consumido atendesse a necessidade da pessoa e não apenas o desejo. Hoje nos bate à porta a abundância e temos tudo disponível o tempo todo. Ainda que nossa busca como seres humanos seja pela felicidade, nos tornamos viciados nos prazeres imediatos e não importa a geração.

Para sabermos se somos viciados ou não é fundamental entender a diferença entre prazer e felicidade. Por um lado, o prazer está associado as buscas pessoais que são satisfeitas de maneira individual, que têm curta duração, são tangíveis e irracionais, viciantes e podem ser alcançadas pelo consumo de produtos ou substâncias. Por outro lado, a felicidade não se encontra sozinho, porque se necessita uma conexão real. Além do mais, a felicidade é resultado de um processo de longa duração, sendo, geralmente, algo intangível e sublime que não é alcançável com o consumo de produtos e substâncias. Por fim, a felicidade não é viciante, mas se trata de um movimento consciente em direção a algo maior que se queira alcançar, exigindo disciplina.

Dessa forma, a oferta ilimitada de comida pode se transformar num vício ao comermos mais do que necessitamos, gerando ansiedade, angústia e infelicidade. A possibilidade de tomar um drinque todos os dias nos proporciona um prazer imediato, entretanto no médio e longo prazo nos torna alcóolatras. O acesso às redes sociais poderia representar a conexão que nos traria felicidade, entretanto tem se tornado um vício que nos isola dentro da multidão. O acesso irrestrito à produtos e serviços criou um universo de compradores compulsivos que não conseguem saldar as suas dívidas, viciados em compras desnecessárias. Além disso, os jogos e as apostas online que viciam jovens, adultos e idosos, sem exceções. Desse modo, a busca pelo prazer imediato tem sido o inferno das frustrações de médio e longo prazo.

No diálogo inicial, a surpresa da pessoa ao escutar que o outro come quando tem fome, e não para ser feliz, nos traz algumas reflexões. Comer, além de alimentar, pode nos trazer felicidade se compartilhamos um momento sublime. A importância está na conexão com as pessoas, assim como uma refeição em família que nos cria laços de longa duração com memórias afetivas que sobrepassam a barriga cheia. São a experiências com os outros que nos levam em direção à felicidade.

Por isso, a felicidade é um movimento consciente de conexão com o outro, transformando-se em algo sublime e duradouro. Finalmente, a felicidade não é um vício, é uma escolha.

E você, o que faz para caminhar em direção à FELICIDADE?

Moacir Rauber

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VIVA A VIDA, É O DIA DAS MÃES!

Fonte; IA GROK

VIVA A VIDA, É O DIA DAS MÃES!

Domingo é um dia dedicado ao descanso do corpo e da mente, assim como ao cuidado do espírito e da alma. É um dia para pensar e repensar a vida, o seu sentido, a sua finitude e a sua beleza. Desse modo, cultive a vida familiar, cultural e religiosa com a diminuição do ritmo da semana, possibilitando um olhar para dentro de você: qual é a tua busca? Como você vai viver isso?

É nesse momento dedicado a olhar para dentro que se podem reparar as decisões mal tomadas, restaurar as intenções, confirmar as buscas pessoais, reforçar o compromisso com o amor e escolher a compaixão e a bondade nas ações cotidianas a partir da fé, da esperança e da caridade. Tudo isso com a consciência da finitude da vida que nos leva a nos importar com dois momentos: o presente, agora, e o fim, a qualquer hora.

Por isso, convido a que você se sente num local calmo e tranquilo, fique com a coluna ereta, a cabeça erguida e tranquilize a mente. Deixe-se levar pelo movimento da vida. Lembre-se: num momento ela surge, noutro ela termina: você está preparado?

O convite a seguir requer atenção, porque ele vai te colocar frente ao inevitável: a finitude da vida. Não se sabe nem quando e nem onde, mas um dia tudo acaba, tudo para. Você não respira, não enxerga, não ouve e não sente. Lembre-se: “do pó viemos e ao pó voltaremos…”.

Ter a consciência da finitude da nossa vida nos prepara para diminuir nossas ansiedades, nossos desassossegos, nossos temores, nossos sofrimentos e nossos medos. É um convite para mudar a perspectiva ao se indagar: qual é a importância daquilo que me inquieta?

Pense nas tuas inquietudes e avalie: são elas relevantes após a minha existência? Se sim, cuide-as, porque serão o teu legado. Não tem importância nenhuma? Descarte-as porque é um peso que não precisa ser carregado. São elas importantes num espaço de tempo mediano? Preste atenção, porque pode se estar falando de resultados. Não tem importância nenhuma no curto e no médio prazo? Deixe-as, porque provavelmente é o teu ego incomodado.

Por isso, tradicionalmente o domingo é um dia para se dedicar a olhar para dentro. Para aqueles que são cristãos é feito o convite de ir à missa ou ao culto para igualmente se indagar: o que representam as minhas inquietudes no confronto com a realidade de uma vida que um dia termina?

Agora o convite é para viver a vida!

Traga para à sua mente uma imagem que te pareça linda, uma paisagem ou o sorriso de uma pessoa que você ama. Desfrute!

Lembre-se de um som alegre, como a risada de alguém, as ondas do mar, uma música, o canto de um pássaro ou outro som que você goste. Deleite-se!

Toque algo que está perto de você com a sua mão. Pode ser um objeto ou mesmo a sua perna, o seu rosto ou as suas mãos entrelaçadas. Pense no milagre que são os sentidos. Maravilhe-se!

Avance para o fenômeno indescritível de sentir a suave fragrância de uma flor, o cheiro de uma comida que você gosta ou o perfume inexplicável presente no abraço de uma criança. Deslumbre-se!

E o paladar? Você consegue trazer à sua mente o sabor de algo que você gosta muito? Como explicar tudo isso? É o Milagre da vida, da tua vida. Aproveite-o!

Um momento para desenvolver a compaixão e exibir a bondade com a responsabilidade de quem sabe que o beijo da morte é o sopro da vida.

Viva a Vida com a consciência de que, assim como eu, o outro é sagrado. Por isso, maravilhe-se com os pequenos grandes milagres, deleite-se com a beleza infinita da criação, esteja no comando das próprias escolhas, descalce-se dos julgamentos e lembre-se: você está no comando sempre que Deus está presente!

FELIZ DIA DAS MÃES!

Moacir Rauber

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Inspirado: Anthony de Mello, S. J.

VOCÊ SE CASARIA CONSIGO MESMO?

Fonte: BING IA

Você se casaria consigo mesmo?

Minha esposa e eu fazemos leituras conjuntas e terminamos de ler o livro “A liberdade é uma escolha” de Edith Egger. Entre as reflexões, ela faz a pergunta: você gostaria de ser casado com você mesmo? Estávamos frente a frente e a pergunta era dirigida para cada um de nós. Muitas vezes, quando fazemos uma formação de desenvolvimento pessoal pensamos: “quem deveria estar aqui é minha esposa”, ou ainda meu pai, meu colega de trabalho, meu chefe ou meu empregado, entre outros exemplos. Entretanto, a pergunta era individual e não havia margem para que fosse dirigida ao outro. Era essencial responder.

Avançando para outros papéis, poderia perguntar-me: eu gostaria de ser o meu líder na empresa em que trabalho? Ou ainda, eu me contrataria como colaborador e como eu seria sendo meu colega?

Primeiro, ao pensar como seria a minha conduta como chefe ou líder, é essencial fazer o exercício de encontrar as qualidades e as competências dele esperadas e quais delas disponho. Para um líder é fundamental ter uma visão estratégica do negócio em que se atua para ter um conjunto de informações que permitam tomar as decisões mais acertadas, assim como é relevante exibir a competência da adaptabilidade no atual cenário. Igualmente, é esperado de um líder a empatia, a integridade e a resiliência num mundo cada vez mais disruptivo, mantendo-se alinhado com os valores individuais e as diferentes necessidades. Além disso, para ser um bom líder é importante se avaliar sobre as competências comunicacionais, o modelo inspiracional e motivacional que se representa, assim como se o comportamento demonstrado é capaz de desenvolver talentos e gerir conflitos. Você gostaria de ser o seu líder? Ao fazer este exercício voltado para si mesmo com respostas autênticas podemos facilmente concluir que existem competências a serem desenvolvidas e que, talvez, o meu líder tenha muitas delas.

Da mesma forma, não importa a função que você exerça, pergunte-se: você se contrataria como colaborador? Você se escolheria como colega? A autenticidade da resposta pode nos dar muitos indícios sobre a nossa situação atual e os caminhos a seguir na nossa jornada organizacional. Assim, ao responder a essas perguntas posso obter respostas sobre as minhas competências de proatividade, deassunção de responsabilidades e de conduta que me permitem ser um bom colega com capacidades adaptativas nos trabalhos colaborativos exigidos numa equipe. Além disso, nos permite ver se estamos abertos a aprender, avaliando as habilidades comunicacionais frente às divergências para buscar resultados positivos nos potenciais conflitos. Por fim, ao pensar se me contrataria ou me escolheria como colega, faço uma autoavaliação do meu comportamento ético, considerando ética aquilo que fazemos ainda que não sejamos vigiados.

Enfim, líder ou liderado é essencial ser um Ser Humano melhor.

Assim, voltando a pergunta proposta por Egger sobre ser casado consigo mesmo, as questões orientativas propostas podem ser levadas para as relações em outras esferas. Gostaria de ser o meu pai? Em alguns pontos sim em outros nem tanto. Como me reconheço como filho e irmão? Como filho minhas escolhas não foram sempre acertadas e como irmão ainda posso melhorar. São questões dirigidas a mim que me fazem pensar e repensar as atitudes em diferentes domínios das minhas relações pessoais, inclusive como amigo. Sou um bom amigo? Mais uma pergunta que me permite mudar comportamentos. Por fim, indagar-se sobre quais as competências são essenciais para manter uma relação saudável ou sobre comportamentos que podem manter um casamento, a motivação dos liderados ou a relação com o líder pode fazer a diferença.

Desse modo, parar e pensar sobre as perguntas propostas para a área organizacional pareceu-me fácil, porque respondê-las estando em frente ao cônjuge foi desafiador. Contudo, foi um momento de conversa autêntica e reveladora em que, sinceramente, ainda não sei se casaria comigo, mas fico feliz que a minha esposa tenha me escolhido, deixando-me o compromisso de melhorar como pessoa.

Moacir Rauber

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Cada momento…

Fonte: IA Gemini

Cada momento…

Um monge foi condenado à morte e tinha vinte quatro horas antes da execução. O rei que o havia condenado, perguntou:

– Como você vai viver as tuas últimas horas?

O monge respondeu:

– Exatamente como vivi a minha vida, momento a momento.

A resposta traz em si a revelação da simplicidade da vida, porque somente se pode viver o presente, o único tempo que temos. Entretanto, muitas vezes, ficamos absortos no passado e nos esquecemos de atuar no presente. Outras vezes, olhamos tanto para o futuro que igualmente descuidamos do presente. Escutei a reflexão num áudio de Jorge Nardi, que não traz nada de novo, porém parece que repetidamente temos que ouvir para que vivamos o presente.

O que fazer para viver no presente respeitando o passado? Por um lado, acredito que o passado não resolvido, muitas vezes, nos bate à porta e isso acontece porque não estivemos tão presentes no passado. Por outro lado, penso que devemos usar o passado ao respeitar e aproveitar o conhecimento, a sabedoria, os costumes e as tradições que nos trouxeram até o presente.

Como viver no presente sem descuidar do futuro? Por um lado, é essencial traçar objetivos e metas para o futuro estando presente no presente. Igualmente, é indispensável estar absorto de corpo e alma em cada atividade que represente os objetivos e as metas, assim como tarefas, incumbências, responsabilidades, ou iniciativas em que se participe. Da mesma forma, no cotidiano é fundamental estar presente. Ao tomar o café da manhã desfrute do sabor, do aroma e da presença de quem te acompanha no momento, deixando de lado os estímulos externos a que estamos expostos. Ao conversar com outra pessoa esteja presente, evitando as distrações presentes nas tentações de responder antes mesmo de escutar. Ao participar de um empreendimento, ao realizar um trabalho ou tomar uma iniciativa entregue a sua presença com ações inteiras com a real intenção de estar onde se está.

Desse modo, com o exercício da presença integral no presente diminuímos a tristeza e a ansiedade. A tristeza, em geral, tem origem no passado ocasionada pelos arrependimentos, culpas e apegos a uma realidade que não existe mais. Cabe a nós fazermos o movimento de sair do passado para estar presentes aqui e agora. A ansiedade nada mais é do que a preocupação excessiva e os medos de eventos que não aconteceram, tirando-nos do presente e levando-nos para um mundo que não existe, o futuro. Enfim, o único momento que temos é o presente, portanto, ninguém tem vinte e quatro horas.

Por fim, o rei se aproximou do monge condenado à morte para entendê-lo melhor. O monge ainda fez alguns comentários, indagando ao rei se ele conhecia alguém que podia viver dois momentos simultâneos, assim como se tinha notícias de alguma pessoa que esteve presente em dois lugares ao mesmo tempo. O monge finalizou dizendo que eram as pessoas que fisicamente estavam num lugar com a mente e a alma em outro que não conseguiam estar no presente. Assim, viviam num estado de tristeza por um passado que já não existe e numa ansiedade constante por um futuro que não se sabe se virá. O rei o escutava com atenção e interesse, estando, finalmente, presente no presente.

E você, em qual mundo vive? O bom humor ajuda a estar presente…

Oração do bom humor

(São Tomás Moro)

Senhor, dai-me uma boa digestão, mas também algo para digerir.

Concede-me a saúde do corpo, com o bom humor necessário para mantê-la.

Dai-me, Senhor, uma alma simples, que saiba aproveitar tudo o que é bom e puro para que não se assuste diante do pecado, mas encontre o modo de colocar de novo as coisas em ordem.

Concede-me uma alma que não conheça o tédio, as murmurações, suspiros e lamentos, e não permitais que eu sofra excessivamente por esse ser tão dominante que se chama “Eu”.

Dai-me, Senhor, senso de humor!

Concede-me a graça de compreender as piadas, para que conheça na vida um pouco de alegria e possa comunicá-la aos demais.

Amém.

Fonte IA Grok

Papa Francisco fez a oração nos últimos 40 anos.

Moacir Rauber

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PÁSCOA, TEMPO DE SE ESVAZIAR!

Fonte: IA COPILOT

PÁSCOA, TEMPO DE SE ESVAZIAR!

Os eventos nas áreas organizacionais, que têm os seus palestrantes e conferencistas, as peças de teatro, que têm os seus atores, ou os filmes, que têm as suas estrelas, são convites para que essas pessoas se encham de si mesmo. Algo assim aconteceu comigo na semana passada.

Após uma participação como palestrante num evento com a presença de mil pessoas na plateia, a vaidade procurou ocupar o seu espaço. Logo após o término da palestra os cumprimentos pelo bom desempenho e os elogios me levavam a me encher de mim mesmo ao embebedar o meu ego. Esses são alguns dos riscos a que se está exposto ao representar um papel ou fazer uma palestra como especialista sobre um tema comum a todos. As dores e os sofrimentos, assim como as alegrias e as realizações relatadas todos as tiveram e acontece a identificação de cada um com o conteúdo abordado. Por isso, as pessoas se aproximavam e diziam, Parabéns, foi sensacional ou Você é incrível.  O que fazer para não se encher de si mesmo dando lugar a vaidade? Como a Páscoa pode nos ajudar?

Vive-se um tempo que somos incentivados a cuidar da autoestima para ter uma boa percepção e uma autoavaliação positiva de nós mesmos, levando-nos a ser mais produtivos e a manter relações satisfatórias no ambiente de trabalho e fora dele. Uma boa autoestima favorece a que se desenvolva a fortaleza emocional, afastando-nos do vitimismo que nos paralisa. Portanto, a autoestima é essencial para que desenvolvamos os sentimentos de valor, pertencimento e confiança e nos apropriemos da competência que temos, assim como nos mantenhamos estimulados a desenvolver as competências que ainda não exibimos. Aqui acredito que há um ponto de inflexão. A autoestima estimulada, defendida e aprendida tem avançado para a visão de “auto me estimo” a tal ponto que muitas pessoas transformam valor em soberba, pertencimento em propriedade e confiança em arrogância. Desse modo, entendo que a Páscoa, com toda a sua tradição cristã, pode nos ajudar a que nos esvaziemos um pouco de nós mesmos para reconhecer que o outro é igual a mim.

Portanto, voltando aos elogios recebidos pela palestra dada, fiquei feliz pelo valor que representou para o outro, porém com a consciência de não me transformar em soberbo ao acreditar ser melhor do que qualquer pessoa. Igualmente me deixou contente que parte das reflexões repercutiram no outro para que ele se aproprie da própria vida, com o sentimento de pertencimento sem ser propriedade nem proprietário de ninguém. Por fim, os elogios recebidos me deixaram genuinamente agradecido, alertando-me para que a confiança exibida em determinadas situações não se transforme em arrogância. Ao sair do palco e retomar a própria vida a confiança deve resultar em ações para que o pertencimento e o próprio valor sejam reconhecidos. Mais uma vez vem o convite para se esvaziar de si mesmo.

Por fim, entendo que as atividades que nos põe em evidência e em destaque, como atores, cantores, palestrantes, entre outros, são um convite para à vaidade. Entende-se vaidade como a sobre valorização da aparência física ou das qualidades intelectuais a partir do reconhecimento dos outros, assim como a “qualidade do que é vão, vazio, firmado sobre aparência ilusória” (Dicionário Oxford). No momento de receber os elogios, sempre agradeço com autenticidade, porém faço o exercício de me manter em alerta, porque eu sei quem eu sou. O que é ilusório em tudo isso? A história contada é passado, o meu desafio é no presente. Assim sendo, esvaziar-se de si mesmo é um exercício diário e vitalício, nem sempre fácil, de não permitir que o ego faça com que você se encha de si mesmo.

Finalmente, a Páscoa é um convite para que cada um se esvazie um pouco de si, assim como Jesus se esvaziou de sua divindade para resgatar a nossa humanidade.

FELIZ PÁSCOA!

Moacir Rauber

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ANTES DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL… VOCÊ!

Fonte: IA Copilot

Antes da IA… Você!

As pessoas estão em polvorosa para saber como usar a inteligência artificial (IA), independentemente da função que se exerça na organização. O uso da IA já está disseminado nos algoritmos de indicação, sugestão e recomendação de produtos e serviços no comércio eletrônico, serviços de streaming e nos buscadores da internet. Entretanto, para o uso pessoal ainda estamos tateando para dar sentido ao seu uso, sem que isso represente uma diminuição de nós mesmos ao não diferenciar uma ferramenta externa do nosso ambiente interno. (1) Posso ser um líder inovador usando a IA? (2) Faz parte da transformação digital o uso da IA? (3) Qual o impacto social do uso da IA no ambiente organizacional?

Independentemente da função, cada um pode ser um líder a partir da transformação digital com consequentes impactos sociais. Entretanto, o uso da IA não é uma garantia de que seja inovador, porque a IA é uma ferramenta, ela não é você. Por isso, para desenvolver a competência de ser um líder inovador é necessário estar aberto para a troca de ideias num ambiente flexível em que experimentar é uma opção em meio ao caos. A transformação digital é a capacidade de abraçar novas tecnologias, incluindo a IA, para melhorar desempenho e reformular processos, aplicável em qualquer função. Por fim, o impacto social daquilo que se faz, ou não, com a tecnologia e com a inovação que se produz deve nortear o trabalho a partir da consciência social da não exclusão, da equidade e do bem-estar resultantes das ações individuais e organizacionais.

Desse modo, a IA é uma ferramenta que vai produzir impactos sociais no nosso ambiente organizacional com reflexos na sociedade. Por isso, antes da IA, pergunte-se: qual o impacto social da minha atuação como líder na função que exerço? Aqui trazemos um olhar para as características pessoais da fragilidade, da força e da anti-fragilidade (Taleb) como conceitos que nos ajudam a tomar consciência de nosso papel para melhorar no caos.

O caos parece instalado com a chegada da IA, entretanto, entenda-se que o caos não é a ausência de ordem, mas a existência de variadas ordens. Nesse cenário é essencial estar consciente da própria fragilidade para não quebrar, como um copo de cristal; ter o discernimento da força para não ser resistente ao novo, impedindo-nos de evoluir como uma rocha; e desenvolver a anti-fragilidade para resistir ao estresse do caos, tornando-se mais forte pela prática e exercício, adaptando-se como um músculo ou o cérebro.

Nassim Nicholas Taleb reforça, no livro “Anti-Frágil, coisas que se beneficiam com o caos”, a importância de que reconheçamos a nossa fragilidade para podermos nos prevenir dela: não gosto de incertezas ou de variações? Conhecer as próprias fragilidades nos ajuda a adotar medidas para que nos adaptemos àquilo que precisamos mudar. No outro lado, a força marcada pela robustez que não quebra, porém não evolui e não muda com os impactos, representa a estagnação pessoal. Pergunte-se: estou evoluindo ou apenas sobrevivendo? Responder a essa questão nos dará a dimensão das mudanças que posso fazer. Por fim, chegamos a anti-fragilidade como aquele que sabe resistir no momento certo e ser flexível quando necessário, beneficiando-se do caos ficando mais forte. Enquanto a resiliência se refere a capacidade de voltar ao estado original após sofrer um impacto, o anti-frágil volta melhor após o impacto. Enfim, ao tomarmos a consciência de que a mudança e a incerteza são as constantes que darão o ritmo no nosso ambiente, desenvolver a anti-fragilidade é uma característica determinante no nosso futuro.

Desse modo, cabe a nós estarmos preparados para sairmos melhor frente aos impactos dos eventos não previsíveis que vão nos alcançar.

Por fim, a IA permite que você seja um líder inovador, assim como a transformação digital é uma escolha que vai gerar impacto social no seu ambiente. Antes, porém, desenvolva a sua anti-fragilidade e pergunte-se: o mundo vai ser melhor com isso?

Antes da IA, olhe para você!

Moacir Rauber

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SEM TEMPO PARA VIVER!

Fonte: BING IA

Sem tempo para viver!

Ainda é comum encontrar pessoas que falam dos seus compromissos que se atropelam na agenda. Geralmente estão estressados pelo excesso de trabalho, pelas inúmeras reuniões, pelas tarefas que se acumulam e assim sucessivamente. Quase sempre terminam dizendo:

– Não aguento mais o ritmo que tenho…

Esse tipo de comentário me provoca um pouco de graça, porque, afinal, quem assume ou não os próprios compromissos? Alguém pode dizer que é a secretária ou o chefe, mas a decisão final é individual. A outra reação é de preocupação, porque muitos vivem a rotina do excesso de atividades, resultando no estresse que culmina em doenças físicas e mentais. Talvez, por isso, a saúde mental tenha se transformado num dos temas mais falados nos meios organizacionais e empresariais. O que fazer para diminuir a incidência do estresse negativo que afeta a tantas pessoas nos ambientes corporativos?

Não há uma só resposta para um problema tão complexo, mas atender as necessidades é o que move cada ser humano e a comunicação afetiva é uma ferramenta.

Por um lado, as pessoas têm a necessidade de subsistência, como o abrigo e o alimento, atendida pelo trabalho. Igualmente, elas também têm a necessidade de descanso, representadas pelo equilíbrio e a harmonia que devem ser encontradas no ambiente de trabalho para que possam descansar. Desse modo, é um desafio para os gestores que precisam criar um ambiente em que a produtividade esteja alinhada com o tempo disponível para alcançá-la. Após esse alinhamento, é essencial que cada indivíduo que integre a organização tenha clareza sobre o sentido daquilo que ele faz. Qual é o impacto na vida dos outros a realização do meu e do seu trabalho? Entendo que a partir dessa clareza cada um deve ter a autonomia, que igualmente é uma necessidade individual, para ter uma agenda compatível com a sua capacidade produtiva num ambiente de segurança psicológica gerada pela confiança. Cada um de nós precisa tempo para viver, e a comunicação afetiva pode contribuir.

Portanto, uma agenda compatível com as próprias capacidades faz com que as pessoas atendam outras necessidades, como a liberdade, o afeto, o reconhecimento, o pertencimento e a conexão que contribuem para a transformação saudável do ambiente organizacional. Dessa perspectiva, as pessoas poderão desenvolver-se mais, apropriando-se de ferramentas e recursos produzidos pelo conhecimento humano, como a IA, para o beneficio comum numa organização que não tem lados.

Enfim, precisamos de tempo para viver e a comunicação afetiva pode ser um recurso, porque ninguém pôde nascer por nós, assim como ninguém poderá morrer por nós. Essa consciência nos leva a um processo de comunicação afetiva em que nos ocupamos em acolher os outros por meio de sons que se propagam como ondas suaves e que nos conectam ao outro. Nessa proposta, o “não” para o outro é um “sim” para si mesmo com a tranquilidade de quem tem a segurança psicológica produzida pela confiança existente no ambiente. Destaque-se: “nas relações não é o grito que ressoa mais forte, mas o sussurro que acolhe nos transforma”. Essa é a natureza da comunicação afetiva que nos permite desenvolver o sentimento de pertencimento em que a nossa empresa é o nosso chão, conectando com as pessoas em que o horizonte é o limite da transformação. Finalmente, a consciência da unicidade da vida nos leva a desenvolver a competência da comunicação afetiva expresso no conceito de ser ambivertido (Daniel Pink). Nele, aproveitamos o melhor de nossa parte introvertida, assim como do nosso lado extrovertido ao saber calar no momento de calar e de falar no momento de falar.

Desse modo, não tem sentido que alguém tenha que morrer para ter as suas necessidades de subsistência e de descanso atendidas. Concluo com a ideia da interdependência com a consciência de que não somos tão importantes a ponto de que o mundo não exista sem nós, mas somos sim relevantes para que o mundo seja do jeito que é simplesmente porque existimos nele.

Para isso, cada um precisa de tempo para viver!

Moacir Rauber

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