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Falar de empatia…

Antes de finalizar o curso de dois dias sobre empatia, o facilitador saiu da sala para buscar as apostilas que prometera nos entregar. Deixou a porta entreaberta e ouvimos a sua conversa como a secretária:

– Onde estão as apostilas?

– Elas não ficaram prontas. Só vão chegar amanhã… Respondeu a secretária de forma tímida e receosa.

– O que? Como assim? Mas que &$%@*. Como você faz uma %&*$#@ comigo?

Mais alguns impropérios e o facilitador retornou para a sala. Respirou fundo e acalmou-se. Retomou a aula e pediu desculpas por não poder entregar as apostilas como havia prometido. Nós estávamos boquiabertos. As suas desculpas deveriam ir muito além das apostilas, considerando que o curso que fazíamos era sobre empatia. Entenda-se empatia como sendo a competência para sentir o que o outro sentiria caso se estivesse vivendo a mesma situação, envolvendo aspectos sentimentais e emocionais. Considero fundamental adotar tal perspectiva, porque nós, como indivíduos, somente nos realizamos com a presença do outro. Por isso, é importante procurar entender o mundo a partir de uma visão interna do outro. É possível? Não sei, mas sei que tem muitas pessoas ensinando sobre empatia, que talvez seja apenas uma das palavras da moda. Como descrito, o esforço de quem ensinava não passou no teste da prática de se colocar no lugar do outro.

Após a bronca dada pelo facilitador na secretária, nós nos questionávamos como ele se dedicava a ensinar sobre empatia se não conseguia usar o conceito? Apontaríamos a questão ou exercitaríamos a empatia com a situação do facilitador? E como ser empático com ele se ele não o fora com a secretária? Logo, o facilitador se apercebeu que nós ouvíramos a sua conversa com a secretária e o ambiente ficou pesado, fazendo com que o evento terminasse de forma lúgubre. Porém, o aprendizado ficou com aquilo que o facilitador nos ensinou nas aulas e, principalmente com o seu comportamento com a secretária: falar de um conceito não é o mesmo que viver um conceito. E isso se estende a outras áreas comportamentais, porque acredito nunca ter visto tantas pessoas ensinando sobre empatia, amor, gratidão, paz e autenticidade como nos dias de hoje. Entretanto, faz-me falta ver os seus reflexos no cotidiano. Fala-se dos conceitos e exemplifica-se a prática na sala de aula, porém não se aplica na rua. Ensina-se sobre os conceitos, porém não se vive o conceito no comportamento do dia a dia.

Naqueles dois dias aprendi que: falar de Amor não é o mesmo do que viver amorosamente; falar de Gratidão não é o mesmo do que viver gratamente; falar de Paz não é o mesmo do que viver pacificamente; falar de Autenticidade não é o mesmo do que viver autenticamente; e que falar de Empatia não é o mesmo do que viver empaticamente. É possível exercitar a empatia no dia a dia? Ainda não sei, porque entendo que para ser genuinamente empático eu deveria ter tido a vida que o outro teve e isso não creio ser possível. Entretanto, o exercício da empatia poderá nos levar a respeitar o outro como um verdadeiro outro, fazendo com que se tenham relações mais amorosas, autênticas, pacíficas e sendo gratos por isso. Por fim, aprendi que viver o conceito é a escolha que trará reflexos no dia a dia e isso depende de cada um! Também percebi que o caminho do aprendizado ainda é longo… É uma luta diária!

Moacir Rauber

Blog: www.facetas.com.br

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Eu?

Ao terminar a paixão, gradual e paulatinamente, as fronteiras do Eu assumem a sua posição no indivíduo.

Ao terminar a paixão a pessoa deixa de levitar enquanto está com o ser amado. Ela volta a entender que já não é um corpo, uma mente e uma alma com o outro. Repentinamente, os seres apaixonados voltam a ser indivíduos. É justamente no momento em que os laços da paixão se dissolvem que o verdadeiro amor aparece. Quando o amor aparece o trabalho começa.

O verdadeiro amor do Eu mostra a sua força quando respeita o Eu do verdadeiro amor.

Que em 2017 o AMOR seja inevitável!

Desejo que em 2017 o AMOR seja inevitável!

Olhar para trás é um bom começo para voltar atrás. Voltar atrás pode ser uma oportunidade para desistir, mudar de direção ou pegar impulso para seguir em frente. Voltar atrás pode simplesmente revelar o AMOR!

Desistir consiste no ato de abandonar uma ideia, um projeto ou mesmo uma relação. Desistir é a atitude de jogar a toalha frente às dificuldades e abster-se da luta. Isso é fácil, qualquer um pode fazer. Nesse caso, desistir é o desamor para consigo e para com os outros. Porém, desistir pode ser positivo! Como? Sim, isso mesmo, porque o desistir também pode ser um ato de sabedoria, de discernimento e de renovação para seguir em frente. Desistir de uma ideia que nos leva para onde não queremos ir: é preciso ter sabedoria para abandoná-la. Desistir de um projeto que nos prejudica: exige-se discernimento para pará-lo. Desistir de uma relação familiar, de trabalho ou de amizade que causa dor e sofrimento: é imprescindível que haja renovação para reconstruí-la ou largá-la.

Voltar atrás consiste em reconhecer as falhas numa ideia, num projeto ou numa relação. Voltar atrás exige a força do caráter, a humildade e o afeto para fazê-lo e seguir em frente. Voltar atrás é o amor para consigo e para com os outros. Voltar atrás para seguir em frente? Exatamente! Voltar atrás nas ideias fixas que geram preconceito: é preciso a força de vontade do bom caráter para mudar para melhor. Voltar atrás em projetos mal elaborados: exige-se a humildade para reconhecer que pode ser mais bem feito. Voltar atrás numa relação familiar, de trabalho ou de amizade: é imprescindível que se tenha afeto para com aqueles com quem se discorda para construir uma relação saudável.

Voltar atrás pode ser um ato de sabedoria, de discernimento, de renovação, de caráter, de humildade e de afeto. O ano já começou, VOLTE ATRÁS e DESISTA das coisas certas para fazer a coisa certa, porque assim o AMOR é inevitável. E com o impulso do AMOR é só SEGUIR EM FRENTE!

Um ano com muito AMOR!

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Carta de recomendação: serve para o amor?

A separação doeu para uma amiga minha, porque acreditava que mantinha um relacionamento estável e feliz dentro do que se espera de um casamento. Por isso, inicialmente se surpreendeu quando o marido, repentinamente, apresentou-lhe o pedido de divórcio. Logo depois se conformou ao saber que a sua rival tinha vinte e cinco anos a menos do que ela. Enfim, tudo isso não é novidade e tem acontecido cada vez com mais freqüência. O que é novo e inusitado foi o que lhe aconteceu há poucos dias. 
Ela reconstruiu uma rotina diferente daquela até então vivida em companhia de seu marido. Nos últimos anos, antes de ir para casa depois do trabalho, ela passa por um café no centro da cidade onde se encontra com alguns amigos para jogar conversa fora. Depois de 40 ou cinqüenta minutos já está descontraída o suficiente e vai para casa. Certo dia, ao sair do café, um homem muito bem vestido, abordou-a dizendo:
– Desculpe-me a audácia, mas faz meses que eu a vejo chegar, conversar com seus amigos e sair daqui sozinha. Sei que você está separada, por isso que tomei a liberdade de lhe falar. Gostaria de a convidar para sair comigo e quem sabe…
Ele suspendeu a conversa neste momento, muito provavelmente pela cara de espanto da minha amiga que tinha então seus 45 anos. Ela estava um pouco assustada pela abordagem repentina, assim como pela figura do homem que com ela conversava. Apesar de estar bem vestido, tratava-se de um homem com bem mais de oitenta anos, fisicamente alquebrado e com uma voz totalmente debilitada. 
Perante a surpresa de sua interlocutora o pretendente mudou o rumo da conversa, dizendo:
– Bem, mais uma vez me desculpe o modo repentino como falei contigo, mas trago aqui comigo uma carta de recomendação de minha ex-esposa para que você possa analisar…
Neste momento, mais do que rapidamente ela o dispensou seguindo o seu caminho. 
Lamentei profundamente foi o fato de ela não ter aceitado a carta de recomendação. Pergunto-me: o que poderia conter uma carta de recomendação de uma ex-esposa sobre o seu ex-companheiro? Alguém gostaria de arriscar algumas ideias sobre o que seria possível escrever?
Por essas e por outras que cada vez mais concordo com a afirmativa de um professor de filosofia que dizia, “Tudo o que você pensar ou imaginar, sobre qualquer assunto, certamente alguém, em alguma parte do planeta já o terá feito”.
Fonte da imagem: http://www.concatenasys.com/

Dia da Mulher!

 
 
Para muitas mulheres a vida é simples e complexa! 
A vida é simples quando se deixa que ela flua com as situações sucedendo-se naturalmente. 
E como a vida, as mulheres sabem deixá-la fluir!
A vida também é complexa pelas alternativas que ela nos oferece. 
E como a vida, elas sabem oferecê-las!
E simples não quer dizer simplista, assim como complexa não quer dizer complicada
Quando se gosta, basta dizer que se gosta. 
Quando não se gosta, basta dizer que não se gosta. 
Com amor e respeito, tudo fica mais fácil.
Aprendi isso com uma mulher!
 
Moacir